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A mentalidade infantil dos dirigentes


Por em 11/03/2025 - 08:59

Dirigentes de Goiás e Vila, mentalidade de crianças

O clássico do último domingo entre Goiás e Vila Nova foi um espetáculo precedido de brincadeiras de meninos peraltas matriculados em alguma creche da cidade. As peraltices começaram com os dirigentes do Goiás que adesivaram o camarote do Vila Nova com frases provocativas, próprias das rivalidades das torcidas organizadas. Depois omitiram o nome do Vila Nova no placar eletrônico, colocando no lugar a palavra “visitante”. Os peraltas do Vila Nova não gostaram e retiraram os adesivos, retiraram também as cadeiras e o restante do mobiliário da cor verde que se encontravam no camarote. Assistiram o jogo em pé.

Os meninos peraltas, sob o comando de Hugo Bravo, afirmaram que não sentariam em cadeiras verdes, por isso, preferiram retirá-las e ficar em pé. Pode tamanha meninice? No estádio do Goiás todas as instalações e mobiliário possuem a predominância das cores verde e branco. Assim como no OBA prevalece o vermelho e branco e no Atlético o vermelho e preto. Se no Goiás se sentem incomodados em sentar nas cadeiras verdes, não poderiam também pisar no gramado, usar os banheiros, abrir portas e por aí vai, afinal, lá predominam as cores dos donos da casa. E as crianças vilanovenses continuaram com as peraltices, prometeram revide no jogo de volta. Pode? Que os donos das creches corrijam esses meninos peraltas com severidade…

Só os históricos salvam o Goiás

O Goiás é um grande barco à deriva, já o dissemos. Desgovernado, está seguindo destinos desconhecidos. Um desses destinos, pode ser a série C do campeonato brasileiro. Os atuais dirigentes já demonstraram a incapacidade de conduzir a direção do grande barco esmeraldino. Se os tradicionais e históricos dirigentes do Goiás não assumirem o comando do clube, o maior detentor de títulos estaduais perderá em breve perder a hegemonia do futebol goiano. Falo de Raimundo Queiroz, Wagner Vilela, Sérgio Rassi, João Bosco Luz, Syd de Oliveira e outros que ajudaram a construir a história vencedora do Goiás Esporte Clube. Eles precisam se unir em torno de um projeto de reconstrução desse tradicional clube goiano, a caminho da insignificância. No futebol brasileiro existem exemplos para ilustrar o atual momento do Goiás. O Santa Cruz de Recife, a Portuguesa de São Paulo, a Tuna Lusa de Belém, o Guarani e a Ponte Preta em Campinas – SP.

No final do ano tem eleições para o Conselho Deliberativo do Goiás. Se os tradicionais dirigentes pretendem retomar os destinos do Goiás, precisam se mobilizar desde já. Paulo Rogério Pinheiro já anunciou publicamente seu interesse em disputar as eleições. Pretende ser presidente do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube. Mas não é o nome que o Goiás precisa nesse momento. As peraltices mencionadas no início deste comentário tem o DNA de Paulo Rogério. O Goiás tem que ser dirigido por pessoas experientes, preparadas e equilibradas. Esse perfil não é encontrado na nova geração. Algumas pessoas contestam esse pensamento. Dizem que o passado deve ficar no passado. Pode até ser, desde que no presente apareçam dirigentes com o perfil dos tradicionais e históricos esmeraldinos. Alguém se atreve a indicar alguém com essas qualificações na atualidade? Eu não arrisco.

Ex-deputado e ex-presidente Wagner Vilela, dirigente que o Goiás precisa
Herivelto Nunes

Herivelto Nunes é Jornalista, com Pós Graduação em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching

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