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Arrogância e soberba


Por em 12/03/2025 - 08:36

Futebol mediano, dirigentes soberbos e arrogantes

O restante do mês de março tem uma característica importante para o Goiás, que terá três partidas que podem decidir duas vagas para as finais das principais competições do primeiro semestre. O alviverde inicia hoje a decisão para uma vaga nas finais da Copa Verde, jogando no Distrito Federal contra o Brasília, no jogo de ida e domingo tem o Vila Nova pela frente no estádio Serra Dourada, decidindo uma vaga para as finais do campeonato goiano. As duas semifinais podem garantir a disputa por uma vaga na Copa do Brasil de 2026. Em entrevista coletiva, Jair Ventura mencionou que acredita na classificação para as finais das duas competições, mas na prática, Ventura tem acreditado muito e perdido tudo, principalmente os clássicos.

Se perder qualquer uma dessas decisões, o ambiente nos bastidores do Goiás ficará insustentável. Tanto para o técnico Jair Ventura como para o diretor Lucas Andrino. Jair Ventura foi contratado pela vontade do ex-presidente Paulo Rogério Pinheiro, num momento em que Vagner Mancini realizava um excelente trabalho no comando técnico do Goiás. Até agora a mudança mostra que a contratação de Jair Ventura foi um erro, desmontou um time que estava vencendo todos os jogos. Ventura não conseguiu remontar o Goiás, que até hoje não tem um time definido, não pratica um futebol convincente e pode ficar fora da Copa do Brasil novamente. Se quiser continuar dirigindo o futebol do Goiás, Jair Ventura tem que vencer e convencer as três partidas que vai realizar em março, duas delas contra o Brasiliense e outra contra o Vila Nova no próximo domingo. Se não vencer, sua permanência fica insustentável.

Arrogância e soberba

Arrogância e soberba nunca foram boas conselheiras. O Goiás, que não conseguia esconder seu orgulho e sua vaidade pela longa supremacia exercida sobre seus adversário durante décadas, agora vive momentos de inferioridade. É obrigado a “engolir” seu orgulho ao ver seus principais rivais em posição superior no cenário estadual. Tem que exercitar a dolorosa mudança de comportamento, transformando orgulho em humildade, vaidade em simplicidade. Mas ainda não aprendeu a lição. Essa mudança faz bem, é necessária para a própria retomada dos rumos, tanto na vida pessoal como na gestão corporativa. Mas o ensinamento não tem servido para Vila Nova e Atlético, que “estão se achando”, mesmo não tendo conquistado nada até o momento.

Adson Batista é reconhecidamente soberbo, como se o Atlético fosse uma das grandes forças do futebol brasileiro. Não é, está longe disso. Agora vem Hugo Bravo presidente de um time que há vinte anos não ganha um campeonato goiano e em seus oitenta anos de existência nunca sentiu o gosto de participar de uma série A do campeonato brasileiro. Mesmo nesse cenário, Hugo Bravo está se achando por ter vencido Goiás e Atlético, principalmente por ter dado a volta por cima sobre o principal adversário, de quem foi velho freguês ao longo de décadas. E não ganhou nada ainda. Só Hugo Bravo não vê que não é hora de externar sua arrogância. Nas entrevistas coletivas só ele fala, ninguém pode questioná-lo porque responde com grosseria. Arruma confusão com os dirigentes do Atlético e do Goiás e se acha a “última coca-cola do deserto”. Baixe a bola presidente, o tombo costuma ser grande quando a soberba supera a humildade.

Herivelto Nunes

Herivelto Nunes é Jornalista, com Pós Graduação em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching

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