Pouca gente acredita que o atual elenco do time esmeraldino seja capaz de superar o Paysandu, outro finalista da competição. O time paraense vive um bom momento, ao contrário do Goiás, que enfrenta uma crise técnica e administrativa que parece não ter fim. O jogo contra o Brasiliense ficou empatado sem gols no tempo regulamentar e nas penalidades máximas brilhou a estrela do goleiro Tadeu, que marcou um gol e defendeu dois arremessos do adversário. Foi mais um jogo muito ruim do time comandado por Jair Ventura, que foi vaiado durante boa parte do jogo. A torcida ainda exibiu faixas com frases de protesto contra o time montado pela diretoria.
É impressionante a inoperância do ataque do Goiás. Raramente leva algum perigo ao gol adversário. O técnico Jair Ventura até que tenta fazer alterações, procurando alternativas, mas eles não respondem. São ruins demais. Essa deficiência já foi detectada pelo comando esmeraldino. Depois do fracasso no campeonato goiano, a diretoria decidiu pela reformulação do elenco e já negociou Edson Carioca como Mirassol, Zé Hugo e Breno Herculano tem negociações adiantadas com clubes nacionais e internacionais. O lateral DG será devolvido ao clube de origem. Faltam ainda o volante Aloísio, os meias Regis e Vitinho e os atacantes Zé Hugo, Artur Caíke, Facundo Barceló e Edu. Por outro lado, a diretoria precisa contratar rapidamente os substitutos. E que não sejam contratações como essas que aí estão. Fora das quatro linhas, o desconforto é geral em torno dos nomes do técnico Jair Ventura e do diretor Lucas Andrino. Hoje poderemos ter novidades pelos lados da Serrinha.
Ontem, depois do jogo com o Brasiliense, aconteceu uma reunião no mínimo estranha nas tribunas da Serrinha. Ali, dirigentes e conselheiros debateram as possíveis saídas do Lucas Andrino e Jair Ventura. Dali não saiu nenhuma definição, mas ficou evidente que dificilmente os dois permanecerão trabalhando no Goiás. É possível que ainda hoje o Conselho do Goiás anuncie a saída desses profissionais. Eles não tem mais ambiente na Serrinha. Não dá mais. Mesmo sendo um clube onde não se sabe quem manda, é preciso demonstrar agilidade nas decisões, antes que seja tarde demais. A série B está chegando e com esse time e a comissão técnica de Jair Ventura, o Goiás pode ser o mais novo integrante da série C do campeonato brasileiro. A reformulação tem que ser profunda e urgente.
Vila e Anápolis
Enquanto a “panela de pressão” ameaça explodir no Goiás, Vila Nova e Anápolis passam uma semana tranquila, treinando muito, com poucos jogadores nos respectivos departamentos médicos e muita ansiedade para a primeira partida da finalíssima. Para o Anápolis, o sonho é conquistar o campeonato goiano pela segunda vez, depois de 60 anos. Para o Vila Nova, interromper a falta de títulos que já dura 19 anos e é motivo de muita contrariedade por parte da torcida. O Vila pode conquistar o título, mas é preciso tomar cuidado com o “já ganhou”. Menosprezar o adversário é uma arma poderosa para quem é desprezado. A torcida do Vila está eufórica, mas não pode esquecer os recentes episódios contra o Paysandu e o ABC de Natal. Respeito e foco podem levar o Vila ao título tão sonhado. Soberba, orgulho e empáfia, o caminho da derrota e de um novo vexame para o sofrido torcedor colorado.
