O Partido Liberal (PL) em Goiás decidiu não apresentar recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) que reverteu a inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado (UB), do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), e da vice-prefeita Cláudia Lira (Avante). A legenda tinha até esta segunda-feira (14) para recorrer, mas decidiu abrir mão da representação.
A informação foi confirmada à Tribuna do Planalto pelo ex-candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), autor da ação. Segundo ele, a decisão foi tomada após reunião com o governador na noite de segunda-feira (14). “O governador Ronaldo Caiado fez um pedido para que não recorrêssemos, e o PL decidiu que a melhor opção é focar a energia em outras batalhas”, disse Fred.
A legenda avaliou que manter a disputa judicial em instâncias superiores poderia tirar o foco de pautas prioritárias, como a defesa da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. “É a prioridade número 1 do partido hoje”, afirmou. Destacou, inclusive, que Caiado se comprometeu a auxiliar o partido nas pautas.
Apesar do recuo, Fred reforçou que o PL seguirá com atuação independente em Goiás e manterá pré-candidaturas próprias para 2026, como a de Wilder Morais ao governo e Gustavo Gayer ao Senado. Não haverá adesão, então, a gestão Caiado.
No julgamento realizado no dia 8 de abril, o TRE-GO considerou desproporcionais as punições aplicadas em primeira instância e substituiu a inelegibilidade por multas que somam pouco mais de R$ 100 mil. Antes, porém, a tendência, confirmada pelo próprio Fred Rodrigues era de que o processo seguiria adiante contra o governador Ronaldo Caiado (UB). O recuo foi lido nos bastidores como a sinalização da “união das direitas” em Goiás.