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PF afasta presidente do INSS em operação que apura fraudes contra aposentados

A ação, batizada de Operação Falso Amparo, expõe um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 23/04/2025 - 09:49

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Além de Stefanutto, outros cinco servidores públicos foram afastados por decisão judicial (Foto: Reprodução)

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (23) após ser alvo de mandados de busca em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários. A ação, batizada de Operação Falso Amparo, expõe um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões.

Segundo a PF, entidades que se apresentavam como representantes de aposentados e pensionistas realizaram descontos não autorizados diretamente nas aposentadorias e pensões concedidas pelo INSS. As fraudes teriam ocorrido entre 2019 e 2024, em uma estrutura que envolvia servidores públicos e organizações privadas.

Ao todo, estão sendo cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária, além de ordens de sequestro de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão. Parte das diligências ocorre no Distrito Federal, inclusive na sede do INSS.

Além de Stefanutto, outros cinco servidores públicos foram afastados por decisão judicial. Os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal informou que o objetivo da operação é interromper o fluxo de recursos ilícitos, identificar os beneficiários do esquema e recuperar valores desviados dos beneficiários da Previdência Social.

Até o momento, o INSS e o Ministério da Previdência não se manifestaram oficialmente sobre o afastamento do presidente e os desdobramentos da investigação.

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