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Fisiculturista é condenado a 20 anos de prisão por feminicídio

Ele vai cumprir prisão em regime inicialmente fechado pelo crime de homicídio, com quatro qualificadoras, que agravam a pena


Carla Borges Por Carla Borges em 26/06/2025 - 18:47

Fisiculturista que matou a mulher vai a júri popular
Fisiculturista Igor Porto e a companheira, Marcela, assassinada por ele (Foto: Reprodução de rede social)

O fisiculturista Igor Porto Galvão foi considerado culpado pelo júri popular pelo assassinato de sua companheira, Marcela Luíse de Souza Ferreira, crime ocorrido em maio do ano passado. Ele foi condenado a 20 anos de prisão em regime inicialmente fechado pelo crime de homicídio, com quatro qualificadoras, que agravam a pena: feminicídio (crime cometido pelo fato de a vítima ser uma mulher), cometido com uso de meio cruel (demonstrado pelos ferimentos da vítima) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (revelado pela desproporção de forças), além de motivo fútil.

O veredito foi lido pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida de Aparecida de Goiânia, no final da tarde desta quinta-feira. O juiz manteve o réu preso e negou a possibilidade de ele recorrer em liberdade.

Na decisão, o magistrado pontua que “o meio cruel, restou demonstrado pelos vários ferimentos que apresentaram a vitima quando levada ao hospital, indicativo que foi submetida a processo de espancamento, de forma covarde, em se tratando de uma mulher e companheira do réu, com quem tem uma filha”. Marcela teve traumatismo craniano e oito costelas quebradas, além de ferimentos sobre todo o corpo.

O juiz também ressaltou “a desproporção da força física entre o réu e a vitima, o réu professor fisioculturista, de compleição física avantajada. Já o reconhecimento do feminicídio, demonstra que a vítima, companheira do réu, no ambiente doméstico, vinha sendo subjugada, há muito tempo, com ameaças de perder a filha, com constrangimento e humilhação, com clara intenção de menosprezo durante a convivência, o que configura a violência psicológica”.

O crime ocorreu na tarde do dia 10 de maio do ano passado, quando, após uma discussão, o réu agrediu a vítima com chutes e socos, causando-lhe diversas lesões e traumatismo craniano. Após as agressões, Igor deu banho em Marcela e, com ela desfalecida, levou-a até um hospital, alegando que ela teria sofrido um acidente doméstico. A mulher, embora tenha ficado internada, morreu dias depois, em 20 de maio.

A investigação polícia descobriu que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica. Igor e Marcela mantiveram um relacionamento durante 9 anos, inclusive conviviam em união estável e tinham uma filha.

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