O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido, neste domingo (13), a uma cirurgia de emergência no Hospital DF Star, em Brasília, após mal-estar durante um evento político no Rio Grande do Norte. O procedimento, chamado laparotomia exploradora, foi necessário porque exames constataram um quadro persistente de suboclusão intestinal — uma obstrução parcial do intestino. De antemão, os médicos tentaram alternativas clínicas, como jejum e descompressão gástrica, mas, sem sucesso, optaram pela intervenção cirúrgica. Bolsonaro foi transferido em UTI aérea de Natal (RN) na noite de sábado, após ser atendido inicialmente em Santa Cruz.
Segundo a equipe médica, a causa do problema está ligada às aderências intestinais, consequência direta das múltiplas operações realizadas após a facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018. Desde já, o estado de saúde do ex-presidente preocupa aliados, que se manifestaram nas redes sociais. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desejou pronta recuperação. Além disso, o senador Rogério Marinho afirmou que a cirurgia “deveria demorar”, indicando a complexidade do caso. Apesar da recorrência desses episódios, o médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro, alertou que a gravidade atual é maior do que em outras ocasiões.
O boletim médico divulgado neste domingo pelo hospital reforça que a cirurgia foi necessária porque o quadro não regrediu mesmo com os primeiros cuidados. Acima de tudo, a decisão cirúrgica teve aval coletivo da equipe médica, o que indica consenso sobre a urgência. A reconstrução da parede abdominal também foi realizada durante o procedimento. Então, o momento é de observação e expectativa. Jair segue internado sob os cuidados da equipe liderada pelo Dr. Birolini, e novas informações devem ser divulgadas conforme o avanço da recuperação. Desde já, o episódio reacende a discussão sobre os impactos duradouros da facada de 2018 em sua saúde.
Leia na íntegra nota do hospital:
NOTA À IMPRENSA
Brasília, 13 de abril de 2025 – O ex-Presidente Jair Bolsonaro foi transferido na noite de ontem para o Hospital DF Star. Após reavaliação clínico-cirúrgica, foi submetido a novos exames laboratoriais e de imagem que evidenciaram persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas. As equipes que o assistem optaram de comum acordo pelo tratamento cirúrgico. Ele está sendo submetido neste momento ao procedimento cirúrgico de laparotomia exploradora, para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal.
Dr. Cláudio Birolini – Médico chefe da equipe cirúrgica
Dr. Leandro Echenique – Médico Cardiologista
Dr. Ricardo Camarinha – Médico Cardiologista
Dr. Guilherme Meyer – Diretor Médico do Hospital DF Star
Dr. Allisson Barcelos Borges – Diretor Geral do Hospital DF Star
Segundo exames, Bolsonaro deverá ser operado após apresentar piora