O Comitê de Controle de Gastos (CCG) da Prefeitura de Goiânia aprovou, por unanimidade e sem ressalvas, novas despesas que somam mais de R$ 18 milhões, conforme consta na Resolução Normativa nº 13/2025, publicada no último dia 30. Entre os destaques estão a contratação de uma nova consultoria em planejamento governamental, estimada em mais de R$ 2,2 milhões, e a destinação de R$ 15 milhões para serviços de publicidade.
A Tribuna do Planalto havia mostrado a contratação de outra consultoria junto à Universidade Federal de Goiás (UFG) para a elaboração de estudos técnicos para a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural de Goiânia com custo de R$ 650 mil.
Segundo o documento, de 16 de abril, a nova consultoria técnica foi contratada pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) para capacitação de servidores e atualização contínua dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO, LOA e Plano Estratégico).
A proposta prevê três frentes de atuação: formação técnica de até 80 servidores, diagnósticos e modelagens de planejamento e monitoramento e atualização das peças orçamentárias. O contrato terá vigência de 12 meses.
Já a verba de publicidade será dividida igualmente entre duas agências que venceram licitação da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) para realizarem anúncios e campanhas publicitárias com viés de educação, prevenção e segurança viária.
Além disso, o comitê também aprovou a liberação de R$ 1,39 milhão para a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que fará registro de preços para a aquisição de cimento e areia, visando atender futuras demandas de obras públicas.
A resolução foi assinada pelos quatro membros do comitê: Valdivino José de Oliveira (Secretário da Fazenda), Juliano Gomes Bezerra (Controlador-Geral do Município), Celso Dellalibera (Secretário de Administração) e Wandir Allan de Oliveira (Procurador-Geral do Município).
Comurg
O CCG já havia autorizado o repasse de R$ 190 milhões à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), com base em um plano de reestruturação financeira.
Responsável por avaliar as prioridades da administração, o Comitê de Controle de Gastos barrou em 3 de abril a contratação de 1.099 profissionais para a Secretaria Municipal de Educação, apesar da reconhecida necessidade da medida. Segundo o Paço, os gastos com pessoal já ultrapassam o limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Prefeitura de Goiânia foi procurada para sobre outras propostas negadas pelo CCG e se há previsão de contratação de novas consultorias, mas não houve resposta até o fechamento da matéria.