A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) vai desligar 671 empregados já aposentados que permaneciam nos quadros da empresa. As demissões serão realizadas de acordo com o plano de reestruturação definido pela atual gestão no início do ano e terão início na primeira quinzena de julho deste ano. De acordo com a Prefeitura de Goiânia, a economia, com as demissões, será de quase R$48 milhões anuais.
O processo teve os últimos detalhes definidos nesta quarta-feira (25/6), em reunião entre o prefeito Sandro Mabel e o presidente da Comurg, Cleber Aparecido Santos. O cronograma de desligamento prevê o pagamento do FGTS em atraso da gestão anterior, referente ao período de outubro de 2022 a dezembro de 2024, para os próximos dias. Já a data dos desligamentos está prevista para a primeira quinzena de julho, seguidos pelo pagamento das verbas rescisórias e multas, encerrando-se com a homologação junto ao sindicato.
A medida também tem como objetivo adequar a companhia às legislações vigentes, conforme destacou o prefeito Sandro Mabel, sobre a garantia dos direitos dos trabalhadores, juntamente com a eficiência e transparência dos gastos públicos. “A economia na folha com a demissão desses aposentados é substancial e chegando a quase R$ 4 milhões mensais. Essas pessoas terão todos os seus direitos assegurados para que possam aproveitar a aposentadoria com dignidade e tranquilidade”, afirmou o prefeito.
Plano de reestruturação
Desde o início do ano, a atual gestão tem feito uma reorganização na Comurg. O plano de reestruturação e recuperação financeira da Companhia foi aprovado no dia 20 de fevereiro pelo Comitê Permanente de Controle de Gastos do Município. O processo tem o objetivo de tornar a Comurg superavitária, e garantir maior autonomia administrativa e financeira à empresa, em conformidade com as exigências legais e fiscais.
Entre as medidas adotadas está a diminuição dos cargos de chefia, extinção de gratificações e comissões remuneradas, além da redução do número de comissionados. Em dezembro de 2024, a Comurg tinha 532 comissionados. Atualmente, a empresa conta com 110 servidores comissionados, uma redução de 79%.
Na segunda-feira (23/6), a Comurg também firmou um acordo com o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação (Seacons), garantindo o pagamento dos quinquênios aos servidores e estabelecendo novas regras para o benefício. A ação evita novas ações judiciais e elimina o risco de passivos trabalhistas futuros, preservando o compromisso da gestão com o equilíbrio financeiro da empresa.
Vereadores cobram retratação de secretário de Cultura por chamar parlamentares de “imbecis”