O aumento do dólar frente ao real, que saltou de R$ 4,85 em novembro de 2023 para R$ 6,04 em 2024, encareceu frutas importadas típicas das festas de fim de ano, como cerejas, damascos e uvas passas. Dados do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, mostram que o Brasil gastou US$ 926,4 milhões na importação de 625,5 mil toneladas de frutas até outubro de 2024.
Entre os destaques, o volume de cerejas importadas caiu 49,1%, totalizando 8 mil toneladas ao custo de US$ 30,3 milhões, com o Chile responsável por 75,1% do fornecimento. O preço médio das cerejas foi de US$ 3.801 por tonelada. Já os damascos tiveram redução de 20,3% no volume, com 2,5 mil toneladas compradas por US$ 13,6 milhões, sendo 92,7% provenientes da Turquia.
Enquanto isso, figos registraram queda de 76,1% no volume importado, com apenas 98 toneladas adquiridas por US$ 494 mil. O preço médio subiu 29,9%, atingindo US$ 5.020 por tonelada. A importação de tâmaras cresceu 16,7% em volume, com a Tunísia fornecendo 80,7% das 3,3 mil toneladas adquiridas, ao custo de US$ 7,1 milhões.
As uvas passas também sofreram impacto: o volume caiu 21%, mas o preço médio subiu 12,1%, chegando a US$ 1.938 por tonelada. A Argentina forneceu quase 80% das 24,6 mil toneladas compradas por US$ 47,7 milhões.
A valorização cambial e as oscilações nos preços médios refletem os desafios do mercado internacional, impactando diretamente o consumidor brasileiro que busca produtos tradicionais para as celebrações de fim de ano.