Enquanto Goiânia enfrenta uma crise sem precendentes na saúde pública, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) esteve em Brasília nesta quinta-feira (5/12) para articular a liberação de R$ 70 milhões em recursos extraordinários destinados ao setor. A agenda do prefeito incluiu reuniões com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e os senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Davi Alcolumbre (União-AP), além do secretário municipal de Governo, Jovair Arantes.
Durante o encontro, Rogério Cruz destacou os desafios enfrentados pela saúde pública da capital e a urgência em garantir recursos para melhorias. “Estamos trabalhando, nos dedicando dia e noite para que possamos trazer soluções para a questão da saúde de Goiânia”, afirmou o prefeito, que agradeceu o apoio do senador Kajuru. “Sem o seu apoio, não seria possível avançar nesta pauta tão importante”, disse.
Articulação política
O senador Jorge Kajuru enfatizou a relevância da mobilização em Brasília, ressaltando o comprometimento do prefeito. “É uma atitude rara de um prefeito vir a Brasília com tanta determinação. Rogério Cruz demonstra respeito ao povo goianiense e um compromisso com a saúde pública”, declarou. Segundo Kajuru, os esforços realizados podem garantir a liberação dos R$ 70 milhões já na próxima semana, dependendo de ajustes finais junto ao governo federal.
Além de Kajuru, o senador Davi Alcolumbre e Jovair Arantes tiveram papel estratégico nas negociações com a União. “Foi um trabalho conjunto, que mostra a força do diálogo em benefício da população de Goiânia”, completou o prefeito.
Medidas emergenciais
Paralelamente à articulação em Brasília, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou uma compra emergencial de medicamentos injetáveis para as 13 unidades de urgência e emergência da cidade. A medida incluiu itens como Flumazenil, Fentanil, Ceftriaxona, analgésicos e corticoides, além de insumos básicos, como luvas e gazes.
A aquisição, realizada em conformidade com as orientações do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Controladoria-Geral do Município (CGM), busca amenizar o impacto da crise no sistema de saúde. A entrega dos medicamentos começou um dia após a compra e está em fase de conclusão. Novas aquisições estão previstas para reforçar o abastecimento da rede.
A crise na saúde de Goiânia, que inclui a falta de medicamentos, denúncias de precariedade nos atendimentos e a recente prisão do ex-secretário de Saúde, Wilson Pollara, colocou a gestão municipal sob pressão. Para Rogério Cruz, a liberação dos recursos federais representa uma possibilidade de alívio para o setor.
“Goiânia está em boas mãos para que nós possamos trabalhar e trazer soluções para os problemas”, declarou o prefeito. Apesar do otimismo, o cenário exige respostas rápidas e efetivas para atender às demandas da população, que segue sofrendo com os reflexos da crise na saúde pública da capital.