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Ex-secretário de Saúde de Goiânia sofre suspeita de infarto e defesa pede prisão domiciliar


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 02/12/2024 - 08:46

Wilson Pollara, secretário de Saúde (Foto: Divulgação)

O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, preso durante a Operação Comorbidade, precisou ser transferido da Casa do Albergado para um hospital neste domingo (1º), após apresentar suspeita de infarto agudo do miocárdio. Ele foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte para a realização de exames.

A defesa de Pollara, conduzida pelo advogado Thiago Peres, alerta para o agravamento do estado de saúde do cliente, que tem 75 anos e diversas comorbidades, incluindo doença arterial coronariana, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, dificuldades de locomoção por problemas musculares e complicações decorrentes do tratamento de dois cânceres. Peres afirma que a manutenção da prisão temporária pode colocar a vida de Pollara em risco. “A prisão temporária coloca em xeque a integridade física e a dignidade humana do cliente”, destacou.

Desde a última sexta-feira (29), a defesa aguarda a apreciação de um pedido de substituição da prisão temporária por domiciliar, mas, até o momento, não houve decisão judicial. Diante da falta de resposta, foi impetrado um novo habeas corpus neste domingo, com pedido liminar. A defesa sustenta que a prisão já cumpriu sua finalidade, visto que foram apreendidos celulares e documentos necessários à investigação.

Operação Comorbidade

Wilson Pollara foi preso na última quarta-feira (27) durante a Operação Comorbidade, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Segundo as investigações, Pollara e outros dois ex-gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) formaram uma associação criminosa que favorecia empresas por meio de pagamentos irregulares, desrespeitando a ordem cronológica de exigibilidade e causando prejuízos ao município. O esquema agravou a crise no setor de saúde, refletindo na fila das UTIs, onde pacientes morreram à espera de vagas.

Além das prisões, a operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão e determinou a suspensão das funções públicas dos investigados. Durante as buscas, R$ 20.085,00 em espécie foram encontrados na posse de um dos alvos. A Fundahc, entidade responsável pela gestão de três maternidades na capital, também foi impactada pela interrupção de repasses financeiros, enfrentando um passivo de R$ 121,8 milhões.

A prefeitura de Goiânia informou colaborar com as investigações e anunciou a troca no comando da Secretaria de Saúde. A nova titular da pasta é Cynara Mathias Costa.

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