Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira, que matou a facadas a professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, em Inhumas, em 24 de agosto de 2022, foi condenado ao cumprimento de pena de 21 anos e 9 meses de reclusão. Ele foi julgado pelo tribunal do júri na cidade de Inhumas, onde o crime aconteceu, e deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado, conforme determinou a juíza Mônica Miranda Gomes de Oliveira Estrela, que presidiu o júri popular.
O rapaz, que tinha 24 anos na época do crime, também foi condenado por lesão corporal contra o filho da vítima, Anício Nonato da Silva Júnior, que foi ouvido como testemunha. Por entender que o réu não faz jus ao benefício da substituição da pena privativa de liberdade, a magistrada negou a ele o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado, determinando a prisão imediata de Henrique Marcos.
Henrique confessou que matou a professora em um gesto de vingança por ela o repreendê-lo por bagunças enquanto estudava na escola em que era diretora. A Polícia Civil apurou que o acusado estudou na unidade de ensino em 2014, mas ainda mantinha convivência indireta por morar nas proximidades do local.
Antes de praticar o feminicídio, o jovem havia sido preso em fevereiro do mesmo ano por tráfico de drogas. A PC cumpriu um mandado de buscas após uma denúncia que dizia que a casa dele funcionava como uma boca de fumo. No local foram apreendidos 200 gramas de maconha, balança de precisão, anotações sobre vendas de drogas, R$ 837 em espécie e uma faca. Como réu primário, Henrique conseguiu direito a habeas corpus e saiu da cadeia após duas semanas.