Alvo de críticas e no centro de uma crise institucional, Kowalsky Ribeiro decidiu deixar o cargo de procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia. A exoneração foi solicitada pelo próprio advogado nesta quarta-feira (8), por meio de uma carta aberta em que afirma que a decisão é voluntária e motivada pelo compromisso com a transparência e a isenção no processo de apuração dos fatos.
A saída de Kowalsky ocorre três dias após um episódio tenso nos corredores da Câmara, quando ele se envolveu em uma discussão com o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir (MDB). O caso repercutiu dentro e fora do Legislativo, sobretudo após a divulgação de imagens de videomonitoramento que mostravam o procurador em atitude interpretada como indicativo de que estaria armado, o que é proibido pelas normas internas da Casa.
No texto divulgado, Kowalsky afirma que a exoneração permitirá a condução adequada de um eventual Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Ele também negou as acusações feitas por Novandir e disse que todas serão enfrentadas na Justiça. “As acusações levianas que foram lançadas contra mim nos últimos dias serão enfrentadas no Judiciário, com respeito ao devido processo legal”, afirmou.
O agora ex-procurador aproveitou para reafirmar sua confiança em um desfecho justo. “Essa ruptura profissional não representa um ponto final em minha história, mas sim uma vírgula que marcará o início de novos horizontes e a reafirmação da verdade — princípio que sempre norteou minha vida”, escreveu.
A crise envolvendo Kowalsky e assessores de Novandir mobilizou vereadores e gerou cobranças públicas por sua saída. Nesta semana, o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), iniciou reuniões com parlamentares para discutir o tema e já havia sinalizado internamente que avaliava a exoneração do procurador como uma saída para conter o desgaste.