O ator Francisco Cuoco, um dos nomes mais emblemáticos da televisão brasileira, morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada por familiares ao jornal Folha de S.Paulo. Cuoco estava internado havia cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital, e passou os últimos dias sedado. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada, mas segundo sua irmã, Grácia Cuoco, ele enfrentava complicações decorrentes da idade e de um ferimento que infeccionou.
Nascido em 29 de novembro de 1933, no tradicional bairro do Brás, em São Paulo, Francisco Cuoco iniciou sua trajetória profissional longe das artes. Chegou a cursar Direito antes de decidir seguir sua vocação artística, formando-se pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Seu talento logo o levou aos palcos do Teatro Brasileiro de Comédia e, posteriormente, às câmeras da televisão.
A estreia na telinha ocorreu no final dos anos 1950, com participações no “Grande Teatro Tupi”, quando as produções eram feitas ao vivo. O reconhecimento nacional veio na década de 1970, especialmente após sua atuação como Cristiano Vilhena em Selva de Pedra (1972), novela da TV Globo que o consagrou ao lado de Regina Duarte. Desde então, tornou-se um dos principais galãs e protagonistas da teledramaturgia brasileira.
Ao longo de sua carreira, brilhou em personagens inesquecíveis, como Herculano Quintanilha em O Astro (1977), Carlão em Pecado Capital (1975), e Dr. Albieri em O Clone (2001). No teatro, manteve uma presença constante, sempre retornando aos palcos entre os projetos televisivos. Também esteve no cinema, participando de produções como Cafundó (2005), A Partilha (2001) e Gêmeas (1999).
Cuoco se destacou não apenas pelo carisma e talento, mas por atravessar gerações na televisão brasileira. Seu último trabalho na TV foi na série No Corre, exibida pelo canal Multishow em 2023.
Ele deixa três filhos — Tatiana, Rodrigo e Diogo — além de netos e uma legião de fãs e admiradores. Francisco Cuoco encerra sua jornada deixando um legado artístico inestimável, sendo lembrado como um dos maiores atores da história da dramaturgia nacional.