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Na base de Caiado, o casamento entre 2024 e 2026 está arranjado, apesar de quem é contra essa união


Luís Gustavo Rocha Por Luís Gustavo Rocha em 03/02/2024 - 00:34

A metáfora que dá o título acima é do vice-presidente do União Brasil em Goiás, delegado Waldir Soares. Segundo ele, “2024 vai ter que se casar com 2026, mesmo que no meio tenha gente que não quer”. E no caso da base aliada, é um matrimônio arranjado em que não cabe interromper a cerimônia porque o celebrante não abriu espaço para o “fale agora” de quem se opõe, porque justamente agora o nome de Jânio Darrot é experimentado e o tumulto provocado dentro do próprio grupo, quer seja promovido pelas declarações do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) sobre lançar-se à reeleição, quer seja pelas insinuações de pessoas próximas a Bruno Peixoto (UB) oferecendo resistência à ideia de recuo, se prejudica o ex-prefeito de Trindade, favorece os adversários do governo.

Waldir prega que a decisão de Caiado com os partidos é soberana. “O governador não quer perder eleição em nenhum município.” As vitórias calculadas para este ano pavimentarão o caminho para eleger, daqui a dois anos, o máximo de deputados federais entre os partidos que apoiam o projeto governista e dependem da presença desses quadros na Câmara por receberem a maior parte da fatia dos recursos do fundo eleitoral proporcional à quantidade de parlamentares na Casa. Os presidentes nacionais de legenda aguardam essa contrapartida e Caiado também dependerá dela para vitaminar o diálogo necessário à composição de forças para sua campanha visando o Palácio do Planalto.

Atrelado às razões que beneficiam o plano de Caiado em 2026, o plano do vice-governador Daniel Vilela (MDB) também depende da resposta das eleições municipais. “Os resultados das urnas serão muito importantes”, frisa Waldir, convencido de que as vontades individuais dentro da base precisam se dobrar às metas do grupo.

Vem aí

Após deixar o PL, em janeiro, Izaura Cardoso gravou duas pílulas do PSD que irão ao ar em fevereiro. As peças não incluem o senador Vanderlan Cardoso, que é presidente estadual da sigla e marido de Izaura. Além da expectativa de que Vanderlan seja candidato a prefeito de Goiânia, Izaura é lembrada nas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de Senador Canedo.

Já passou da hora

Uma das pílulas gravadas por Izaura, que é primeira suplente do senador Wilder Morais, tem o objetivo de estimular a participação feminina na política. Essa é uma das razões pelas quais Izaura se filiou ao PSD. Ao consultar o nome dela no Google, a definição que aparece é: “Esposa de Vanderlan Cardoso.”

Voz da experiência

“As pessoas que me conhecem e conhecem o PSDB entendem que, enquanto gestor, sou mais preparado”, diz Valdivino de Oliveira, citando o vasto currículo na administração pública e privada, além do histórico político e mais de quatro décadas em sala de aula, como professor.

Bicada

Sobre Raquel Teixeira, citada pelo presidente nacional do partido e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, como opção entre os nomes do PSDB para candidatura a prefeito da capital, Valdivino avalia: “Ela está fora de Goiânia há quase dez anos, não sei o que isso representaria politicamente.” Raquel é secretária estadual de Educação do Rio Grande do Sul.

Novinho

Considerando o fato de Matheus Ribeiro ter 30 anos, Valdivino comenta não saber “se Goiânia admite um prefeito tão jovem”, e adiciona: “Tem idade para ser meu neto.”

Expressões antigas

“Pra tudo tem uma primeira vez”, responde Matheus a respeito de ser o mais jovem entre os pretensos pré-candidatos, evocando ainda outro chavão de longa data ironizando que, se eleito, pode ter “sorte de principiante” na gestão.

FOME DE PODER> Matheus Ribeiro tomou café com o ex-deputado federal Valdivino de Oliveira e logo em seguida almoçou com a vereadora Aava Santiago, nesta sexta-feira, 2. O tucano busca convergência interna para disputar a eleição para prefeito de Goiânia e pretende ainda procurar Raquel Teixeira, Leonardo Vilela e Giuseppe Vecci.

Pedra no caminho

“Imaginei que estaríamos todos juntos, com o mesmo objetivo”, analisa Jânio Darrot sobre a postura de membros da base aliada que, pelo menos por enquanto, não demonstraram intenção de abrir mão de pré-candidaturas alternativas à dele, que tenta se viabilizar no grupo de Caiado.

Um longo caminho

Delegado Waldir e Jânio veem com naturalidade Rogério Cruz tentar ser candidato à reeleição, mas enquanto Waldir afirma que “entre ser candidato à reeleição e ter apoio do grupo político do governador vai uma distância muito grande”, o ex-prefeito de Trindade diz que acha “muito cedo para Rogério tomar uma decisão dessas” e diz que “o prefeito é uma pessoa de boa convivência”.

Misture bem

A aproximação entre Dr. Antônio e o prefeito de Trindade, Marden Júnior, antes adversários, é elogiada por Darrot, que chama o primeiro de “excelente nome” enquando diz que o segundo está “no caminho certo”, trazendo ainda para a conversa Dr. George Morais e apostando em um “grande acordo” que seria de desejo do governador.

Separa que é briga

“Existe alguns lugares em que isso (a união da base) não vai ser possível”, reconhece Waldir, ciente da possibilidade de candidatura de Dr. George. Ao mesmo tempo, pondera que, a depender do diálogo, “não tem nada impossível em política”.

Sem horário marcado

Jânio Darrot acredita que, “se o nome escolhido for o meu, acho que devo me filiar ao União Brasil”, já Delegado Waldir deixa o assunto para depois, pesando que a etapa em discussão, agora, é apresentar resultados que viabilizem Jânio como pré-candidato.

Baixando a bola

Como informado aqui, na coluna passada, o PL se planeja para aumentar o número de prefeitos em Goiás, mas o diagnóstico de Waldir é que, mesmo com recursos do fundo eleitoral, o partido de Wilder Morais “não vai superar” o alcance das siglas tradicionais, “como União Brasil e o MDB”. Nas palavras dele, vai crescer, “mas não vai ser essa Brastemp, vai ser uma Electrolux”.

1 Segredos…

Uma pessoa próxima a Bruno Peixoto sondou o PSB sobre a filiação do presidente da Alego caso deixasse a base para disputar a prefeitura.

2 …do passado

A conversa, no entanto, ocorreu semanas atrás, mais ou menos na época em que alguns partidos aliados ao governo ofereceram abrigo para Bruno.

3 O futuro

Sem candidato próprio a prefeito de Goiânia, o PSB está focado na eleição de vereadores. Planeja fazer dois.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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