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Nova lei elimina termos que reforçam discriminação estrutural em elevadores

Edifícios de Goiânia devem adotar nomenclatura neutra para elevadores, conforme norma que já está em vigor


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 28/05/2025 - 14:31

Foto: Reprodução
Lei municipal em Goiânia proíbe o uso das expressões “elevador social” e “elevador de serviço”. Foto: Reprodução

Uma nova legislação aprovada em Goiânia busca enfrentar a discriminação estrutural de forma direta. A partir de agora, está proibido o uso das expressões “elevador social” e “elevador de serviço” em prédios residenciais e comerciais da cidade. A regra exige a adoção de termos neutros, que não criem distinção entre os usuários.

A iniciativa partiu do vereador Léo José (Republicanos) e foi aprovada na Câmara Municipal. Com a sanção, os edifícios terão de substituir sinalizações e placas que utilizem as expressões vetadas. A Prefeitura ficará responsável pela fiscalização e poderá aplicar sanções em caso de descumprimento.

Segundo o parlamentar, a mudança é mais que simbólica: representa o combate a práticas que naturalizam a desigualdade. Então, ao evitar essa separação no uso dos elevadores, a cidade afirma que todos devem ser tratados com igualdade, independente da ocupação ou aparência.

Especialistas veem na nova medida uma forma de avançar contra barreiras invisíveis no espaço urbano. O advogado Gabriel Barto, que atua na área condominial, explica que a linguagem usada em ambientes coletivos tem impacto direto na cultura. “Essa revisão é uma forma de construir espaços mais democráticos”, diz.

Apesar de debates sobre custos e adaptações, a nova norma segue uma tendência nacional de rever práticas que reforçam exclusão. Acima de tudo, a mudança marca um esforço por uma sociedade mais justa. Afinal, combater a discriminação estrutural também passa por transformar palavras em atitudes concretas.

Dhayane Marques

Dhayane Marques é jornalista formada pela PUC-GO. Atualmente é Diretora de Programas da TV Pai Eterno e repórter no jornal Tribuna do Planalto e Tribuna de Anápolis, nas editorias de cidades, educação, economia, agro, diversão e arte.

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