Segundo o secretário, quando o governador esteve na China, os diretores da Wheichau disseram que a empresa seria instalada no México, mas por conta da insegurança, escolheram o Brasil e, dentro do Brasil, Goiás. O bom governo que o governador vem fazendo, na avaliação de Joel Sant’Anna, interfere na prospecção e na busca de novas empresas, porque as empresas têm necessidade de segurança para transportar seus produtos e contratar seus funcionários e diretores. “Se você for em qualquer outro estado do Brasil, as pessoas querem morar aqui, querem trabalhar aqui por causa da boa infraestrutura que o Estado tem, excelentes hospitais, uma rede médica invejável, Segurança Pública, Saúde e Educação. Isso nos ajuda a atrair novos negócios”.
TRIBUNA DO PLANALTO – Goiás é um estado agrícola grande exportador de commodities agrícolas, mas a importância que se dá ao agronegócio não acaba por estrangular a indústria, que em Goiás tem participação de cerca de 20% no PIB do Estado e registra perda nos últimos anos na ordem de 6,6%?
JOEL DE SANT’ANNA BRAGA FILHO – Acredito que não. A indústria Goiana veio tendo várias alterações ao longo dos últimos anos, conseguimos chegar ao segundo polo de fármacos, temos o segundo polo da indústria da confecção, uma indústria forte do agronegócio, porque o recurso do agronegócio irriga a economia goiana. Isso pode ser visto principalmente nas últimas feiras da Tecnoshow, que tiveram recordes em vendas de máquinas e de toda estrutura tecnológica de evolução para a indústria do agronegócio: ano passado, foram R$11 bilhões de vendas em cinco dias de feira; ano retrasado, 2022, R$10 bilhões. Isso mostra a pujança da economia goiana no agronegócio, mas também que esses recursos vão irrigar a economia goiana, porque geram emprego e riqueza e, muitas vezes, esses empresários investem também na industrialização, na agroindústria e na diversificação da economia. O Estado de Goiás foi o que mais cresceu no Centro-Oeste, tem um número positivo de empregos, sendo o melhor ranqueado nesses últimos dois anos; e tem um PIB que é o dobro do PIB nacional. Nossa localização geográfica e boa infraestrutura de rodovias, nossas ligações férreas com os portos e o término da ferrovia Norte-Sul, que vai ter um impacto nos próximos anos na economia, já que liga Goiás ao Porto de Itaqui e já começa a ter novos transportes e negócios correndo por essa via; isso tudo somado ao que o governador Ronaldo Caiado fez nos últimos cinco anos, como a melhoria da Segurança Pública – hoje somos o estado mais seguro do Brasil -; temos uma melhoria significativa na Educação, com os primeiros lugares do Ideb, redução da evasão escolar e aumento do número de alunos no ensino técnico profissionalizante; melhoria na Saúde, com o aumento significativo de UTIs e uma rede de atendimento que está acabando com a “ambulânciaterapia”, porque antigamente as pessoas do interior precisavam vir para Goiânia e Anápolis, únicos locais onde havia UTIs. Isso tudo nos ajuda a trazer novos negócios. Recentemente, o governador Ronaldo Caiado esteve na China e a Weichai, uma das maiores empresas da China de máquinas e motores elétricos, se instalou em Itumbiara e temos também a Chint, uma gigante de placas solares e medidores de água e de energia por nova tecnologia, também se instalando em Itumbiara, e essas novas indústrias que estão chegando mostram que o Estado de Goiás está crescendo não só no agro, mas também na industrialização e na logística. Tivemos, no ano passado, a inauguração de um grande centro logístico da DHL, que em um só dia R$4 bilhões de negócios e de distribuição de medicamentos de seis grandes laboratórios multinacionais foram transferidos de São Paulo para Aparecida, onde outros quatro laboratórios fazem toda a sua gestão de distribuição de importados pela cidade de Aparecida. Hidrolândia também tem se destacado, com um centro de distribuição onde a Amazon e outras estruturas de distribuição de sites da China têm vindo para Goiás. Isso reflete um pouco do que a economia goiana tem mostrado, e o agro só contribui, porque ele é a nossa locomotiva, mas a indústria e os serviços também, porque os esses investimentos da indústria também estão migrando para o serviço, que, com a evolução tecnológica, estão ocupando um espaço grande na estrutura da logística e da indústria. E muitas vezes, para fazer com que a indústria cresça, o setor de serviço tem alavancado junto a economia.
No ano passado, a indústria da extração registrou queda de 5,9% e a da construção de 1,2%, enquanto a indústria de carne e leite condensado cresceu. O explica esse resultado?
Eu acho que é uma coisa sazonal, porque a indústria da construção tem apresentado um crescimento espantoso. O que está faltando, principalmente em Goiânia e nas grandes cidades, é mão de obra para a construção civil. Vemos todas as construtoras goianas lançando empreendimentos, o que até é destaque nacional, temos em Goiânia construtoras lançando um número impressionante de imóveis de alto padrão pouco vistos em outras cidades do Brasil. Acredito que seja uma coisa sazonal pelo número de empregos ofertados no mercado da construção civil, pelo número de empresas e pela pujança desse setor dentro da economia goiana. Em relação a indústria da extração acho que também é uma sazonal, porque a indústria da mineração em Goiás tem sofrido um boom, tanto temos prospecções e pedidos de licenças ambientais para a cidade de Nova Roma, onde há previsão de investimento de R$ 2,5 bilhões da Aclara para terras raras; e temos em Minaçu, onde pode ter diminuído a extração de amianto, um investimento grande na Serra Verde na extração de terras raras. Na posse da presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Mineração, a CEO da Anglo American, Ana Sanches, ela citou a mineradora de níquel de Barro Alto, que teve uma queda de preço no mercado internacional por conta da Indonésia, que jogou no mercado, pela forma que extrai e pratica suas licenças e pela forma que explora com a mão de obra nem sempre regularizada, um níquel com um valor mais baixo. Está tendo um excesso de níquel no mercado Internacional e pode ser que dê alguma alteração em Barro Alto, onde uma das grandes operadoras emprega milhares de pessoas. Temos outros investimentos grandes sendo feitos na cidade de Niquelândia, com a Wave; outro grande investimento da CMOC em Catalão, que está aumentando sua planta; temos outro investimento sendo prospectado na cidade de Iporá com terras raras; e um investimento de mais de R$ 1 bilhão da Aclara Resources na cidade de Mara Rosa, com a reativação da mina de ouro. Temos milhares de investimentos sendo feitos também por pequenas e médias empresas.. O setor da mineração é promissor e, hoje, tem novas práticas de manejo que respeitam as leis ambientais e uma regra rígida que o governador Ronaldo Caiado impôs, respeitando as leis ambientais. O novo processo de licenciamento da Secretaria do Meio Ambiente veio dar maior celeridade, mas ao mesmo tempo dar também uma maior clareza e também uma maior responsabilidade com as práticas jurídicas, respeitando a legislação ambiental. Goiás tem uma das legislações ambientais mais rígidas e segue o desmatamento zero, o que é ordem expressa do governo Ronaldo Caiado. Acredito que a mineração em Goiás pode ter tido essa alteração, mas ela tem um potencial impressionante. Tanto que Goiás, junto com Minas e Bahia, é um dos estados com os maiores investimentos no setor mineral nos próximos anos.
Um dos fatores desse processo de desindustrialização é a falta de competitividade dos produtos com valor agregado. O Brasil ocupa as piores posições em termos de competitividade. Por que não conseguimos ser competitivos em produtos manufaturados?
Acredito que é um problema de base na economia brasileira. Os impostos que estão embutidos nas folhas de pagamento e que existem dentro da economia e a burocracia dentro desses processos geram uma menor competitividade, porque o mundo é um mundo pequeno, onde as conectividades são muito grandes e as interações mundiais muito rápidas. A China ocupa lugar de destaque na economia mundial porque vem dando respostas rápidas perante o mercado mundial. A economia chinesa também teve incentivos do governo, tem um baixo custo com mão de obra, que hoje já não é tão baixo, porque a economia é globalizada e os melhores técnicos são contratados com preços internacionais dolarizados. A questão da competitividade vem do histórico do Brasil, nos últimos anos, do governo federal não incentivar essa desoneração da cadeia produtiva para que as importações de máquinas para o setor têxtil, para o setor de celulose, para que todos os setores tivessem uma competitividade maior. Mas acredito que cada estado faz a sua parte. Dentro da economia goiana temos que ver o que tem potencial, o mercado que podemos atender, porque temos um mercado brasileiro muito grande, temos que aumentar nossos negócios com a América do Sul e nossas exportações de produtos com valores agregados. É isso que o governador Ronaldo Caiado tem pedido, principalmente no setor de mineração. Temos trabalhado com as mineradoras para que não só exportem minérios, mas que agreguem valores. Estamos conversando com várias mineradoras para que junto com os minérios que são extraídos possamos fazer fertilizantes em parceria com os americanos e outros países aqui mesmo no Brasil, com os minérios que estão extraídos com outros minérios que possam ter tecnologia agregada. Com a extração de terras raras, temos as fábricas de motores elétricos, principalmente a Weichai, que está vindo para Itumbiara, e as montadoras de carros elétricos que estão se instalando no Brasil, a Caoa, em Anápolis, que está aumentando a sua produção, investindo mais R$ 3 bilhões na linha de carros eletrificados, principalmente da Cherry, com esses minérios que fazem parte da eletrificação dos motores, que são nas terras raras, a exemplo do magneto, que foi extraído e feito as prospecções da cidade Nova Roma. Estivemos em Concepción com a secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, e a empresa Aclara vendo o produto que foi extraído para fazer os processos de licenciamento. Manipulado em laboratório, menos de 1 kg de magneto pode atingir no mercado Internacional 5 mil dólares. É isso que queremos, fazer com que o que é extraído das serra goianas, principalmente nessa nova tecnologia da eletrificação dos carros e motores elétricos, possam ser aqui em Goiás mesmo feita essa junção nessa nova indústria e fazer com que esses produtos possam ter um valor agregado na exportação, gerando riquezas e maiores recolhimento de impostos dos municípios, para que possam crescer os municípios e o estado como um todo.
A reforma tributária trouxe alguma vantagem para a indústria, reduziu o custo Brasil, avaliado em torno de 20% do PIB?
Como o governador Ronaldo Caiado tanto debateu e tanto lutou, os estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste ainda necessitam dos incêndios que a reforma vai tratar a partir de 2026. Ainda não teve impacto porque os incentivos vão ter algumas alterações em 2026, deixar de existir, mas os que existem vão continuar até 2032 por conta de uma de uma lei que foi aprovada no Congresso, que estende os benefícios fiscais até 2032. Esse impacto do incentivo teve, no final do ano, um outro problema, que foi a taxação da parte que é incentivada, e muitas empresas ainda não viram o resultado desse imposto que foi colocado em cima da subvenção. Não existia a cobrança de impostos federais em cima daquilo que não é recolhido; lógico. Uma empresa que tem incentivo fiscal em Goiás, Mato Grosso, no Norte, no Nordeste tem o benefício para se instalar aqui porque está longe do porto, do centro de compra, que está no Sul, que é São Paulo, Minas, onde são os setores compradores; nós somos estados produtores. Por isso precisamos desse incentivo para produzir e mandar para lá. Muitas peças chegam pelo porto, vêm para cá, principalmente para as montadoras, que fabricam seus carros aqui e mais de 40% voltam para o Sul. Isso foi um desequilíbrio e essa subvenção está sendo discutida no STJ. Nós temos que lutar porque no Brasil ainda existem essas diferenças e para que Goiás possa ser um estado competitivo na indústria, temos a necessidade desses incentivos fiscais para que possamos fazer com que a indústria cresça e tenha competitividade por estar distantes dos portos. E fazer com que, a partir de 2026 e depois de 2032, essas empresas que deixarão de ter os incentivos, possam ser atraídas por essa infraestrutura que estamos construindo. O governador Ronaldo Caiado mudou a cara do Estado nesses últimos cinco anos e as empresas têm vindo para Goiás em razão desses índices de melhoria da Segurança Pública. Os diretores da Wheichau, quando o governador esteve na China, disseram que estavam indo para o México, e por conta da insegurança que havia naquele país, escolheram o Brasil e, dentro do Brasil, Goiás. Esse bom governo que o governador vem fazendo interfere na prospecção e na busca de novas empresas, porque as empresas têm necessidade de segurança para transportar seus produtos e para contratar seus funcionários e diretores. Se você for em qualquer outro estado do Brasil, as pessoas querem morar aqui, querem trabalhar aqui por essa boa infraestrutura que o Estado tem, excelentes hospitais, uma rede médica invejável, Segurança Pública, Saúde, Educação. Isso nos ajuda a atrair novos negócios, porque há segurança jurídica para que as empresas se instalem aqui no Estado.
O programa de reindustrialização do governo federal já trouxe algum resultado para Goiás?
Não, ainda é um programa novo e estamos debruçados em cima dele. É importante porque tem recursos federais para incentivar novos negócios e uma parte importante desse recurso vai para a rede de fármacos, e trabalhamos para que Goiás seja o primeiro polo do Brasil. Nós somos o segundo e precisamos fechar o cluster de medicamentos na cidade de Anápolis. Há também recursos para outros setores da economia, da nova indústria ou da reindustrialização, mas ainda não tem resultados porque ainda são projetos que estão saindo do papel e os empresários goianos, a Federação da Indústria e o governo de Goiás estão debruçados em cima para aproveitar o melhor possível desses novos recursos.
Como resolver o problema da falta de mão de obra qualificada. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, o setor precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025.
É uma outra ponta que o governador tem feito junto com a primeira-dama. O Goiás Social é um programa de governo que envolve várias secretarias, e a qualificação da mão de obra é o primeiro ponto de investimento da primeira-dama, Gracinha Caiado na área social. O que se comemora no governo não é o número de bolsas que o governo dá de ajuda, de recursos, de bolsa família, de aluguel social; o que se comemora é quando as pessoas saem desses programas, por meio de cursos de capacitação e de qualificação. As pessoas registradas no CadUnico e que fazem estes cursos têm R$ 5 mil para comprar os produtos para um pequeno salão de beleza, para ter uma pequena doceria, uma pequena empresa dentro da sua residência ou seu estabelecimento para poder sair da linha de pobreza.Goiás tem se destacado como o estado que mais retirou pessoas da linha de pobreza no Brasil. Temos também uma rede de colégios técnicos e as secretarias da Retomada e da Indústria e Comércio têm feito um trabalho bem forte, temos cursos em todas as áreas ofertados de forma gratuita para as empresas que tenham turmas de mais de 20 alunos, em qualquer área, eletricistas, azulejista, pedreiro para ajudar as empresas a qualificar a mão de obra na sua região, para que as empresas possam gerar emprego nos 246 municípios goianos. Qualquer empresa que necessitar de qualificação e de treinamento de mão de obra pode procurar a Secretaria da Indústria e Comércio ou a Secretaria da Retomada para fazer a qualificação, que sabemos ser o grande gargalo não só em Goiás, mas do Brasil. É um investimento forte que o Goiás Social, o governador e a primeira-dama têm feito para que possamos exatamente fazer essa mudança, empregar a mão de obra goiana e não trazer empregados de outros estados porque a nossa mão de obra não tem qualificação para atender a demanda, não só das indústrias, mas de qualquer área e em qualquer nível de educação profissional do Estado. E fazer essa mudança na vida das pessoas, porque é importante para ter dignidade a pessoa trabalhar e ter a sua própria renda, e não depender de programas de governo.
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira,disse que a federação com o Republicanos está “bem encaminhada”. Recentemente, se falou que a federação poderia abrigar também o UB. Como estão essas negociações?
Acredito que essas negociações ainda estejam a nível federal e dependem muito da legislação eleitoral, porque uma coisa é a unidade federativa, outra coisa são os estados e a realidade dos partidos políticos em cada estado, em cada município. Uma realidade que vemos aqui em Goiás e em outros estados, onde o partido tem as suas posições, os seus filiados, os seus municípios e, cada um, dentro da sua ideologia, as suas defesas dos seus filiados e dos seus munícipes para que possamos fazer a boa política dentro dos estados e municípios. Aguarda essas mudanças, mas acredito que dentro do estado e dos municípios, não vai interferir tanto, para não ferir a Independência partidária. Se unem esses partidos de uma forma ampla, depois não conseguem fazer essa união nos estados e municípios. Esse novo formato de federalização está sendo feito de uma forma mais consciente para que se tenha um bom entendimento dos municípios e estados, dentro do quadro político que tem hoje do Brasil.
O PP, partido de centro-direita, participa do governo federal, do governo estadual e também da prefeitura de Goiânia. O que explica essa capacidade de adesão do partido aos governos de diferentes matizes ideológicas?
Acredito que isso se deve principalmente ao fato de podermos trabalhar em consonância com a sociedade. O que são os partidos políticos? São unidades que os políticos precisam dar resultados para os seus munícipes. Hoje, de um deputado federal eleito, um senador eleito, um deputado estadual eleito, o que o povo quer saber? O povo que votou nele quer saber dos resultados que ele vai trazer para os seus municípios. O PP é pragmático e quer dar resultado para quem elegeu seus representantes. Temos que fazer uma boa política para poder atender as demandas da sociedade. As pessoas estão até se afastando da política por isso mesmo, por causa dessa questão de esquerda, direita, de ações muito radicais. E o prejuízo é do munícipe, é do município, é do estado. Nós temos que nos preocupar com as emendas que vamos levar para o município, para melhorar as casas, para melhorar as escola, para melhorar a vida da população que depende, muitas vezes, da mão do seu deputado para levar para aquele município que não tem uma renda suficiente para melhorar sua estrada, para melhorar a qualidade de vida na sua escola. O PP é um partido que pensa em dar resultados para a sociedade e quer estar inserido nos governos, compor os governos, respeitar o governo que a compomos, como aqui no estado temos parceria com o governador Ronaldo Caiado e trabalhamos em consonância com o governador Ronaldo Caiado para dar resultados, buscando todos os dias em Brasília, junto com a parceria do presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira, dentro dos ministérios, mais recursos para construir casas, para melhorar o nível de moradia em Goiás com com investimentos na Agehab, aqui na Indústria e Comércio, temos vários recursos que temos buscado no setor federal, como o Peiex (Programa de Qualificação para Exportação) para os pequenos pequenos industriais e para pequenas empresas. Trouxemos o escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para Goiás. Estava indo para o Mato Grosso, mas com a ajuda política do PP e lógico, com a força do governador Ronaldo Caiado e o respeito que ele tem das bancadas, conseguimos trazer. Isso tudo mostra que os resultados são muito importantes. A cobrança que temos é das pessoas que votam nas pessoas que são eleitas pelo PP e temos que respeitar o voto do eleitor.
Está para ser julgado uma ação que questiona o cumprimento da cota de gênero pelo PP, julgamento que pode cassar a bancada do PP na Alego. Qual a defesa do partido?
Acredito que esse problema é entre partidos, um partido acaba entrando com ação contra o outro. Hoje no Tribunal Superior Eleitoral 99,9% dos partidos estão com ações de pedido de cassação. Acredito que há vários outros partidos aqui em Goiás com processos bem mais avançados do que o PP. O partido sempre teve candidatas mulheres, respeitando a cota. O que acontece é uma discussão jurídica na qual as pessoas que perdem as eleições vão depois, pelos artifícios jurídicos, querer ter um mandato, tirando o mandato do outro partido. Isso acaba judicializando as causas eleitorais por conta de algumas brechas ou de alguns problemas que existem e que são mais fáceis de serem atacados. É uma judicialização de questões eleitorais que se disseminou no Brasil, o que é péssimo para o processo eleitoral, porque leva para a Justiça Eleitoral uma demanda enorme de processos que ficam até acabar o mandato e não são julgados, por conta também da forma que são iniciados, nem sempre respeitando e nem sempre sendo realmente, como no caso do PP, tendo origem lícita. O PP fez tudo dentro da forma legal e os outros partidos usam de uma forma não lícita para entrar na Justiça com pedidos de impugnações para outras bancadas assumirem as vagas. Mas acredito que, no caso do PP, estamos tranquilos porque temos a clareza de que o PP seguiu todas as normas e quando chegar nas instâncias finais vamos ter certeza de que vamos ter ganho na ação.
O PP elegeu 32 prefeitos em Goiás e hoje tem 30. Quais as expectativas para a eleição deste ano?
Temos trabalhado com vários municípios, vários prefeitos, dentro da base do governador Ronaldo Caiado, respeitando os outros partidos da base, para termos os nossos prefeitos, que são os representantes nos municípios, e acredito que vamos eleger mais de 30 prefeitos nesta eleição. Temos trabalhado duro, fazendo o dever de casa, fazendo com que o PP possa chegar a vários municípios na eleição municipal e fazendo as filiações em todo o estado. Recentemente o presidente nacional, Ciro Nogueira, veio à cidade de Inhumas e foi um encontro estadual enorme, com presença maciça de nossos filiados e mostrou a força do partido. Poucos partidos fizeram encontros estaduais com a força que o PP mostrou e também mostrando a sua tradição no estado de ser um partido forte.
Ciro Nogueira declarou que o PP deveria apoiar o prefeito Rogério Cruz. Mas a tendência é não apoiar?
Essa é uma discussão que estamos aguardando a decisão do governador, mas participamos do governo do prefeito da capital e temos o compromisso com o prefeito, como Ciro Nogueira disse. No momento correto, o presidente estadual, Alexandre Baldy, junto com a comissão provisória de Goiânia, e a chapa de candidatos a vereadores que vão disputar a eleição, vamos escutar esses candidatos a vereadores, porque a chapa de vereadores de Goiânia também tem uma base eleitoral dentro do município. Isso tudo ainda está em conversações. Vamos seguir as orientações do partido nacional e junto com Alexandre Baldy, o presidente estadual, no momento correto, o partido vai fazer suas composições dentro do município de Goiânia.
O PP vai manter a candidatura do ex-presidente da Câmara Municipal, Leandro Ribeiro, a prefeito de Anápolis?
Sim, o vereador Leandro Ribeiro é pré-candidato para, no momento correto, fazermos as nossas posições políticas na cidade de Anápolis, onde temos uma grande base e uma discussão na qual vamos aguardar a composição com o prefeito Roberto Naves e com os outros partidos que fazem parte da base. A deputada Vivian Naves é do PP e temos conversado com o prefeito Roberto, o vereador Leandro Ribeiro sempre fez parte da base, foi presidente da Câmara em dois mandatos durante o mandato do prefeito e tem um bom relacionamento com ele. Estamos ainda em processo de conversação, o prefeito tem o candidato dele, o PP tem um candidato e outros partidos têm seus candidatos. E no momento correto, temos até as convenções, vamos colocar os nossos candidatos para fazer esta composição: se temos candidatura própria, vamos lançar candidato a vice e vamos chancelar a chapa no município de Anápolis.
Qual é a situação do vereador Sandes Júnior e a do deputado José Nelto dentro do PP, eles devem deixar o partido?
O Sandes Júnior fez um acordo e eu, como presidente da comissão provisória, assinei o pedido de desfiliação que ele fez ao diretório municipal de Goiânia no mês passado. Foi um acordo feito para montar a chapa do PP em Goiânia, atendendo a um pedido dos candidatos, que não houvesse nenhum candidato com mandado. Eles pediram que não tivesse candidato eleito para não ter esse desequilíbrio, porque muitas vezes os outros candidatos faziam escadinhas para eleger. Eles reclamaram de ter um candidato forte, como sempre foi Sandes Júnior. Foi um acordo entre Alexandre Baldy e Ciro Nogueira e o diretório municipal aceitou o pedido dele de desfiliação, que ainda está no processo de burocracia. O deputado José Nelto é nível federal e as conversações são diretamente com Ciro Nogueira para ver o momento, se existe a janela e qual é a decisão do Ciro Nogueira nessa migração do deputado José Nelto. Eu não estou a par integralmente, mas ele deve sair.
Por que a presidência do diretório de Goiânia foi passada para Paulo Daher?
Foi exatamente para ele mentar a chapa de Goiânia. Eu, como secretário de estado, tenho afazeres na Secretaria de Indústria e Comércio, que às vezes me impede de trabalhar em determinados horário. Diante da responsabilidade tão grande da montagem da chapa, nesse processo até a convenção, de comum acordo, passamos para o Paulo Daher, que tem experiência política, para em período integral fazer a montagem dessa chapa e eu poder dedicar à secretaria, sem prejudicar o andamento, mas eu continuo ajudando o partido, porque fui eu que buscou muitas pessoas que se filiaram ao partido em Goiânia, mulheres inclusive que vieram para o PP de Goiânia para serem candidatas.