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“O MDB de vice, independente de ser homem, mulher, evangélico, seria o ideal”


Andréia Bahia Por Andréia Bahia em 21/01/2024 - 00:00

“Não é possível que, com o recurso que temos, precisamos contratar organizações sociais para substituir a Secretaria de Saúde. Hoje, as OSs estão até nas unidades básicas de saúde, aquela lá do bairro.” - Antônio Gomide Deputado estadual (PT) e pré-candidato a prefeito de Anápolis
“Não é possível que, com o recurso que temos, precisamos contratar organizações sociais para substituir a Secretaria de Saúde. Hoje, as OSs estão até nas unidades básicas de saúde, aquela lá do bairro.”
Pré-candidato a prefeito de Anápolis, o deputado estadual Antônio Gomide já definiu o perfil ideal de seu vice, ser do MDB. A situação em que se encontra hoje não é diferente daúltima eleição para prefeito, quando também liderava asintenções de votos para prefeito, mas a conjuntura era outra. Além disso, um problema de saúde o fez abandonar e depois retomar a campanha.Naquele pleito, o PT disputou com chapa pura, isolamento que o deputado petista quer evitar, dialogando com todas asforças políticas da cidade. Fora das conversas apenas o PL, de Jair Bolsonaro, e o Republicanos, haja vista que o prefeito Roberto Naves já afirmouquenão quer aliança como PT.

TRIBUNA DO PLANALTO – Na eleição passada o senhor liderava as pesquisas de intenção de votos e acabou não se elegendo. Este ano, a situação é a mesma, o senhor lidera as pesquisas de intenção de votos. O que aconteceu em 2020 que explica a derrota do senhor e que pode ser evitado na eleição deste ano?

Antônio Gomide – Cada eleição é um momento. Em 2020, o momento político tinha como desfavorável a questão do governo federal, do (Jair) Bolsonaro, que vinha muito forte; tinha um candidato à reeleição, que não só estava do lado do governo federal, como também estava com a máquina administrativa; e ainda tive um problema que – depois de  termos articulado todo o trabalho, estando bem nas pesquisas – precisei fazer uma cirurgia e sair do processo político, fazendo uma carta dizendo que não seria mais candidato. Retornamos já no final da campanha, quando já não pudemos fazer coligações e saímos com candidatura sozinha. Em 2020 tive um problema pessoal, de saúde, mas também tinha conjuntura política desfavorável, que enfrentamos mesmo assim e tinha a preferência do eleitorado naquele momento.

Nessa eleição, o que na conjuntura pode vir a favorecer a candidatura do senhor?

Primeiro, estamos tendo tempo de ampliar a nossa campanha, sair do PT e  agregar outros partidos, e é essa a nossa busca. Precisamos ampliar o leque de partidos que possam nos apoiar no primeiro turno e é isso que estamos fazendo, buscando apoios para reforçar a nossa pré-candidatura. Não vamos sair com chapa pura. Vamos buscar fortalecer a chapa de vereadores da federação, mas buscar chapa de vereadores de outros partidos que possam nos apoiar. Queremos buscar também a vice de outro partido. Sair do isolamento é fundamental e esse é o primeiro passo que já estamos dando. Segundo passo, temos o governo federal, diferentemente de 2020. Queremos discutir os problemas da cidade e o governo federal pode jogar um papel importante. Eu fui prefeito e, como prefeito, conseguimos grandes obras estruturantes, parques ambientais, asfalto em grande quantidade, viadutos, casas populares, Cmeis, coisa que nestes últimos 4, 5 anos, na administração do governo anterior, não aconteceu. Não tivemos construção de nenhuma casa, de nenhum Cmei, nenhuma obra que pudesse dizer que o governo federal trouxe para a Anápolis. Neste momento, com o governo federal da nossa candidatura, temos condição de buscar esse apoio e poder fazer mais.

Entre os partidos, o senhor busca compor aliança e o Republicanos do prefeito Roberto Naves é uma possibilidade? 

Não, porque o prefeito é o presidente da legenda e inviabilizou qualquer tipo de aliança. Ele é contrário ao PT e sempre disse que não quer nenhum tipo de aliança, e quem não quer nós não vamos brigar. 

Qual a relação do senhor com o MDB de Anápolis? Pode vir a ser aliado?

Sim, é um bom parceiro e estamos atrás para dialogar se no primeiro turno ou no segundo turno. É um bom parceiro em nível federal e estadual. Temos um bom relacionamento com o vice-governador Daniel Vilela e com toda direção do MDB de Anápolis. É algo que nos interessa. 

Com Márcio Correa, pré-candidato do MDB a prefeito, o senhor tem bom relacionamento? 

Tenho bom relacionamento, um bom diálogo, mesmo as vezes não estando na mesma chapa nesta eleição, não temos dificuldade de dialogar, de pensar. O MDB é importante e temos interesse que eles estejam conosco no primeiro ou no segundo turno. 

O PDT, que lançou Pedro Sahium, é um possível aliado?

Pedro Sahium é um amigo, uma pessoa que conheço e não tenho dificuldades. O presidente estadual, George Morais, também é deputado estadual e temos um bom diálogo. Precisamos afinar os projetos para a cidade. É importante sairmos divididos ou juntos? Vamos ver as estratégias  de campanha. Mas temos diálogo e abertura para isso e é uma pessoa que tem facilidade de entendimento, que não tenho dificuldade de diálogo com ele  e até de projetos. 

A aliança com o Solidariedade está encaminhada?  

Estamos dialogando e temos interesse. Quem quer conversar, estamos abertos. Minha intenção, enquanto pré-candidato, é poder mostrar o projeto. Como temos preferência na intenção de votos, queremos ampliar no primeiro turno, buscar mais apoio para consolidar a nossa chapa. Não tenho dúvida que há várias pessoas preparadas e que têm vontade de ser prefeito, mas tem uma questão necessária na eleição: chama voto. A população precisa dar o voto e para dar o voto é preciso história, credibilidade, serviço prestado à cidade, de experiência, de confiança e isso a gente não conquista na faculdade, no curso de mestrado, doutorado, pós-doutorado; conquista naquilo em que você tem a sua formação, ir para a população e a população conhecer, dialogar, convivência, diálogo com a cidade. O momento é esse.

Algum outro partido está descartado, além do PL e do Republicanos?

Temos conversado com todos os outros, com o PSB, com o  PSD, com a federação PCdoB e PV para agregar bem esses partidos. Tem um campo aberto agora, mas sabemos que há influência do Estado, do governador, mas sabemos também que isso é um debate, não é um problema isso. Vamos buscar e estamos buscando esse entendimento porque é preciso acabar com o isolamento do PT, não podemos ir de chapa pura. Já tinha esse entendimento em 2020 e temos esse entendimento agora também. Em 2020 não foi possível, como disse, em função de situações pessoais, mas neste momento estamos buscando esse apoio, buscando dialogar com as pessoas que realmente têm credibilidade e confiam no nosso trabalho.

A pré-candidata do PT a prefeita de Goiânia, Adriana Accorsi, busca alguém do setor produtivo para ser seu vice. Quem o senhor busca? 

Acho que se o MDB vem de vice, independente de ser homem, ser mulher, ser evangélico, seria o ideal. Hoje seria o primeiro passo nessa busca. Segundo, o que nós queremos é ampliar e não adianta colocarmos uma pessoa que é ligada àquilo que já fazemos.Temos que buscar uma pessoa de confiança e que esteja em um grupo. Eu sou católico, então tem a tradição de buscar o evangélico. Tudo isso é um jogo  político. Vamos buscar para vice alguém que amplie, seja ele evangélico dentro de um grupo que possa representar uma força maior, e que não seja do PT e do agrupamento. O vice tem um papel importante de trazer esse grupo que muitas vezes não está perto partidariamente, mas que está querendo discutir a cidade. Eu acho que esse é o desafio nosso.

Anápolis é mesmo uma cidade de perfil conservador?

Cada um olha por um viés, olham a questão da religião, outros do bolsonarismo. Eu tenho algum tempo de vida política na cidade, fui vereador por quatro mandatos, sendo duas vezes o mais votado da cidade; fui prefeito duas vezes e o mais votado da história da cidade; e nunca fui de partido de  direita. Tenho bom relacionamento com os evangélicos e com a igreja católica, não tenho dificuldade em dialogar. O PT em Anápolis é o único partido que tem um deputado federal e um estadual pela cidade. Já ganhamos e perdemos eleições. Entendo que meu nome tem credibilidade para buscar esse apoio, mostrando que é importante ter um prefeito que esteja com vontade de fazer mais, com histórico de quem já fez, mostrando o nosso histórico e aquilo que queremos fazer para frente, mostrando que tenho condição de buscar recursos do governo federal para resolver o problema das galerias de água pluviais e drenagem, que o orçamento da cidade não vai resolver, mas verbas ministeriais e de projetos do governo federal que já trouxemos outras vezes. Temos hoje um desafio de buscar esse sentimento e esse apoio da população. Estamos, neste momento, buscando as pessoas de bem da cidade que estão compreendendo a necessidade de ter bom gestor, de ter uma cidade diferente para resgatar a autoestima da cidade, buscando, no plano de governo, ações concretas que a população entenda que são possíveis de serem feitas; e buscando através de uma equipe. Queremos realizar obras estruturantes na saúde, educação, meio ambiente, cultura, que não tem sequer secretaria, esporte, que não tem secretaria mais, ou seja, revitalizar a cidade. 

Não é preciso romper essa polarização que se deu em nível nacional para que possa haver esse debate sobre o município? E como romper?

Este é o movimento político que estamos vivendo. Nós estamos na rua e a população quer melhoria na cidade. Está faltando saúde, o que a polarização tem a ver com a saúde? O único hospital municipal, construído há 40 anos, está fechado. Havia quatro unidades que tínhamos construído para atender 24 horas. Apenas uma ficou, a UPA que construímos na nossa gestão. A população quer discutir a cidade e quem está na política e que não tem o que oferecer, quer polarizar. Nós precisamos ser competentes para ir ao bairro discutir educação com professor, discutir educação com o pai do aluno e direcionar aquilo que queremos discutir na campanha, a educação, a cultura, o meio ambiente, as galerias de água, as inundações que aconteceram, a limpeza da cidade. Não podemos pegar o momento de escolher um gestor e fazer um debate, que entendo não ser inteligente, sobre o que Brasília está discutindo, o Congresso está discutindo.A discussão do projeto nacional é em 2026. Nesse momento, a discussão é a cidade, quem tem condição de trazer recursos, tem credibilidade, tem serviço prestado, tem experiência, tem confiança do povo para ser o próximo gestor e melhorar a cidade. Alguns vão querer trabalhar coisa por cima, Bolsonaro, PT, Lula. 

O senhor disse que o governo Lula pode influenciar positivamente a candidatura do senhor. Quais ações do governo federal já tiveram  impacto na vida do anapolino?

começou a influenciar. No ano passado, a estimativa era de crescimento de menos de 1% e a economia cresceu mais de 3%; conseguimos diminuir a inflação; os juros estão caindo; o desemprego diminuiu; são dados da economia que ajudam uma cidade como Anápolis, que tem 400 mil habitantes e é o segundo maior PIB de Goiás. Isso é extremamente importante, mas o que  acho que é importante nesse debate é buscar a história da cidade. Temos mais de 7 mil moradias populares construídas na nossa gestão pelo governo federal e depois disso não se construiu mais nenhuma casa; e já são 10 anos. O presidente Lula voltando com o programa  Minha Casa, Minha Vida, que já foi lançado, como gestor, vamos priorizar o programa. Primeiro porque já fizemos; segundo, porque as pessoas acreditam que vamos fazer. E o déficit habitacional é um dos problemas da cidade e vamos buscar isso como uma política pública que o governo federal possa nos ajudar. Sobre a saúde, não é possível que, com o recurso que temos, precisamos contratar organizações sociais para substituir a Secretaria de Saúde. Hoje, as OSs estão até nas unidades básicas de saúde, aquela lá do bairro. Não é mais a secretaria que coordena e faz a gestão. Precisamos restabelecer a normalidade e o governo federal, com as políticas de saúde, nos ajuda, porque essa fonte vem direto e teremos prioridade. Essas políticas do governo federal já foram lançadas, mas o município muitas vezes não dá tanta importância. Nós daremos a importância devida como já demos no passado. 

Se eleito, o senhor pretende retirar as OSs da administração das unidades de saúde? 

Não, vamos estudar caso a caso, mas a OS é uma exceção, não é regra. Ela  pode nos ajudar na gestão, naquilo que a secretaria não tem como prestar serviço. Agora, aquilo que a secretaria tem, os funcionários e os servidores concursados precisam ser aproveitados, não podem ficar como estão hoje, jogados no canto, sem ser aproveitados. Temos servidores concursados que não estão trabalhando porque não têm oportunidade de trabalhar. Um absurdo. E a saúde é o caos, população reclamando que não tem médico, não tem dentista, não tem programa, as unidades estão fechadas, não tem unidade 24 horas. Em uma cidade do tamanho de Anápolis, como deslocar uma criança à noite, de madrugada, se não tem uma unidade 24 horas perto?

Qual o peso do governador Ronaldo Caiado  na decisão do eleitor de Anápolis?

Ronaldo Caiado é da cidade de Anápolis, nasceu aqui, estudou no colégio São Francisco, e tem um olhar diferenciado para a cidade, mas nós também estamos aqui. Somos respeitosos, não vamos fazer uma campanha para macular a imagem de ninguém. Esse não é nosso estilo. Nós dialogamos, temos uma folha de prestação de serviços na cidade, pois estamos nos últimos 40 anos participando da vida política da cidade, disputando e tendo mandatos eletivos. A cidade nos conhece também. O governador tem seu grupo e vamos disputar uma eleição. O peso é importante, claro; um governador sempre é importante, mas é importante dizer também que nesses últimos anos, independentemente do governador Ronaldo Caiado, os outros governadores nunca fizeram o prefeito da cidade de Anápolis, assim como em Goiânia. O candidato não será o governador Ronaldo Caiado, mas outra pessoa dele. Será que essa outra pessoa tem condições de fazer aquilo que está sendo dito? Tem experiência para fazer o que está sendo dito? Tem credibilidade para  fazer o que está sendo dito? Porque a cidade quer uma mudança, algo diferente e esse é o sentimento das pesquisas. Eu tenho o perfil que encaixa naquilo que a cidade precisa. As forças estão colocadas e a campanha é que vai determinar o peso de cada ente federativo, do governo federal, do governador estadual e dos candidatos que estão colocados e a população vai escolher.

O setor produtivo de Anápolis, que foi resistente ao Lula, deve continuar resistindo a uma candidatura do PT?

Não vai ser a primeira a primeira eleição que o setor produtivo vai participar.  Nos últimos anos, participou em todas, inclusive quando ganhamos com 89% dos votos no primeiro turno. Eles participaram conosco. Já teve um momento forte em outro governo? Teve e eles votaram, mas já votaram conosco também e podem voltar a votar conosco. Se tem alguém que sempre defendeu o Distrito Agroindustrial, que sempre brigou para gerar emprego e renda, que sempre valorizou sua expansão, não só como prefeito, ou lutando na Câmara dos Vereadores, mas como deputado estadual, fui eu. Eles sabem disso. Tenho  o maior carinho pelo discurso industrial e a potencialização dele é a cara da cidade de Anápolis. Essa relação é extremamente importante com os atacadistas, o polo industrial, mas também com as áreas de serviço, com o servidor público. São quase 10 mil servidores e todos têm família. Os trabalhadores que trabalham no Daia e não são os donos das empresas moram nos residenciais que construímos. Quem coloca a sua criança na creche e vacina sua criança no posto de saúde? Eles entendem que a cidade pode melhorar melhorando a saúde e isso aumenta a confiança do poder produtivo, que sabe que os trabalhadores vão receber as condições necessárias para poder ter a sua família com tranquilidade, porque saúde e educação a prefeitura vai prover. Não vai ser o salário que vai pagar. Não estou falando de alguma coisa que gostaria que aconteça. Já discutimos com o setor produtivo e  mostramos a importância de ter creche na cidade; construímos 14 creches nas cidades, espalhamos as creches nos bairros para o filho do trabalhador, para dar tranquilidade para ele estar lá na empresa com tranquilidade. Nós, como gestor, temos que ser parceiros do setor produtivo, e isso nós sempre tivemos. Nós temos tranquilidade para dizer que conhecemos bem esse setor e não temos dificuldade de fazer esse diálogo em 2024.

Por que Anápolis vem perdendo empresas para Aparecida de Goiânia e porque há 5 anos  a cidade perde arrecadação de ICMS? Em 2023, a queda foi de 8%. Como o senhor explica essa situação e como reverter? 

A cidade precisa fazer um trabalho para aumentar a receita. A participação de Anápolis no Coíndice (Conselho Deliberativo dos Índices de Participação dos Municípios) caiu nos últimos 8 anos, saindo de 7 para 3. Sempre havia crescido.  E da receita que tem a prestação de serviço é muito fraca e a população tem reclamado muito. Falo da saúde, dos professores que estão perdendo seus direitos, dos parques ambientais que foram desativados. Temos o Parque da Matinha, que é histórico, abandonado, sem segurança e a população não vai mais lá  porque virou um espaço de mato. O Parque da Cidade não tem sequer iluminação, os postes e as telas foram roubados.É preciso aplicar bem a receita que tem e dar transparência e brigar para aumentar a receita. 

Mas por que Anápolis está perdendo empresas para Aparecida de Goiânia?

Perdemos muitas. Esse é o tipo de pergunta que tem que ser feita para quem deixou perder, perguntar para o prefeito por que perdeu. Porque  ele é o gestor. Eu tenho certeza que não gostaria de perder, mas por que perdeu? Ele deve ter uma resposta. Eu sou daqueles que olham para a frente, buscar aquelas empresas que estavam aqui, buscar a Hering de volta, e fazer com que as coisas possam potencializar o aumento da receita. É esse aumento da receita que vai dar uma vida melhor para a cidade. Anápolis tem perdido um recurso  muito grande com o afastamento das empresas, com a não valorização do distrito industrial que se dá porque as pessoas fazem propaganda de outros distritos que não saem do papel, e tudo enfraquece o distrito agro industrial. Precisamos nos aproximar daqueles que querem realmente investir na cidade. Nós sabemos disso e trabalhamos para potencializar, independentemente de ser prefeito ou não. Sou deputado estadual e tenho essa função, não só fiscalizar, mas apontar rumos para nossa cidade. Temos feito isso e, como prefeito, vamos ter mais força para buscar pessoas que querem realmente investir aqui na cidade. Anápolis tem um diferencial, a logística, porque está entre duas capitais. Nós temos o melhor distrito de infraestrutura do Centro-Oeste e, em parceria com o governo do Estado, que é o responsável pelo Daia, queremos compartilhar que essas empresas possam voltar para nossa cidade.