As forças de oposição ao grupo do presidente Rafael Lara Martins se articulam em busca do difícil consenso em torno de uma chapa que abrigue todos os grupos e todas as aspirações. Lideranças da advocacia, como Pedro Paulo de Medeiros (segundo mais votado na eleição passada), Leon Deniz, Bruno Pena – cotado para disputar a presidência –, Valentina Jungmann e Rodolfo Otávio Mota, têm se reunido e articulado bastante. Assim como Rafael Lara e seu grupo, embora, oficialmente, ele informe que só se dedicará à eleição no calendário estipulado pela Ordem para a realização de campanha.
À Tribuna do Planalto, Pedro Paulo disse que tem trabalhado “para que possamos caminhar unidos, tendo um grupo único, uma chapa única em favor da advocacia”. “Posso garantir que serei candidato, isso sem sombra de dúvida. A qual cargo vai depender do que nós conseguirmos construir”, afirmou, acrescentando que tem se dedicado a buscar a unificação dos vários grupos, das várias ideias.
“Tenho conversado com aqueles que já se candidataram, tenho conversado com o próprio Rafael (Lara), com o Leon, a Valentina, o Rodolfo, com o Bruno Penna, que está sendo um potencial candidato a presidente pela oposição”, relatou Pedro Paulo. Segundo disse, a ideia é “ver se conseguimos em vez de ter uma briga, de prestar um desserviço à advocacia em Goiás, como foi a última eleição – em que vários grupos brigaram entre si, criaram inimizades que infelizmente permanecem até hoje”.
Grupo único
A ideia de reunir os grupos da advocacia que estão na oposição desde a primeira eleição de Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, em 2015. Sem sucesso. As últimas eleições mostraram que, numericamente, há chances reais de a oposição derrotar o grupo que está no comando. Em 2021, Rafael Lara foi eleito com 7.870 votos. Pedro Paulo teve 6.789; Rodolfo Otávio, 2.902, e Valentina Jungmann, 2.106.
“Estou tentando fazer com que nós possamos caminhar unidos, tendo um grupo único, uma chapa única em favor da advocacia, para mostrar que a advocacia está unida, uniforme, porque a advocacia só vai ser respeitada no dia em que mostrar que está unida. Enquanto ela ficar se matando, brigando um com o outro, dificilmente será respeitada pelas outras instituições”, resumiu Pedro Paulo.
O presidente da OAB-GO, Rafael Lara, informou, por meio de sua assessoria, que não falará sobre o processo eleitoral agora.