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Pedro Célio debate livro sobre Monumento ao Trabalhador

Obra é resultado da pesquisa do cientista político e resgata a história da destruição da obra de arte pelo descaso das autoridades


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 15/03/2024 - 19:50

A roda de conversa foi promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde)

O cientista político e professor Pedro Célio Alves Borges participou hoje de um debate com representantes de entidades sindicais, quando autografou exempladres de seu livro “1969-2018: Um Crime Contra a Cultura e a Memória”, que conta a história dos sucessivos ataques ao Monumento ao Trabalhador, perpetrados por organizações de extrema direita no período da ditadura militar, e que acabou completamente destruído, graças ao abandono das autoridades ao longo do tempo.

A roda de conversa foi promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde) e foi realizada no Museu Frei Confaloni, que fica na antiga estação ferroviária de Goiânia, na Praça do Trabalhador, mesmo lugar que já abrigou o monumento.

O lançamento oficial do livro será no dia 5 de abril, na sede do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg).

“Hoje nós tivemos uma aula durante a roda de conversa com o professor Pedro Célio. Apoiar a publicação é uma oportunidade que o Sindsaúde tem de reafirmar o seu propósito de luta em defesa da classe trabalhadora. O Monumento ao Trabalhador é uma referência que faz parte da história dos movimentos sindicais e a destruição dessa importante estrutura que ficava localizada na Praça do Trabalhador foi, de fato, um crime contra a cultura e a memória de Goiânia”, destacou o diretor do Sindsaúde, Ricardo Manzi.

Pesquisa
Pedro Célio relata que o livro é resultado de uma pesquisa iniciada no âmbito da Comissão Estadual da Memória, Verdade e Justiça, desenvolvida entre 2015 e 2017. “Por meio dessa pesquisa, vimos que o Monumento ao Trabalhador sofreu ataques sucessivos de grupos de extrema-direita durante a ditadura militar e, depois da ditadura, sofreu o descaso dos governantes da cidade”, diz.

“O livro conta a história desses descasos que se seguiu até o completo desaparecimento do monumento. Hoje, na Praça do Trabalhador, não há nenhum registro que indique que ali teve essa importante obra de arte, talvez a mais importante obra de arte a céu aberto de Goiânia”.