A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta que o prazo para o envio da declaração de biosseguridade em granjas avícolas termina nesta sexta-feira (31). O documento deve ser preenchido por um médico veterinário e inserido no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago).
A exigência faz parte das ações de prevenção contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (gripe aviária). O modelo da declaração está disponível no site da Agrodefesa e deve ser acompanhado do Registro de Estabelecimentos Comerciais Avícolas.
Entre as exigências a serem verificadas pelo responsável técnico estão a presença de telas de proteção, cercas, arco de desinfecção, controle de visitas, limpeza da área ao redor da granja, capacitação de funcionários e movimentação controlada por Guia de Trânsito Animal (GTA).
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca a importância da colaboração entre o setor produtivo e o órgão de fiscalização. “Manter nosso status sanitário livre de Influenza Aviária e Doença de Newcastle exige um trabalho conjunto. A exigência da declaração de biosseguridade garante que o setor produtivo atenda às normas da Agrodefesa em alinhamento com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)”, afirma.
A coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Agrodefesa, Silvânia Andrade Reis, reforça que a gripe aviária representa risco sanitário global. “A Influenza Aviária tem potencial zoonótico e risco pandêmico. A rastreabilidade das granjas é essencial para a detecção precoce e a mitigação de riscos”, alerta.
Penalidades para quem não cumprir o prazo
Os responsáveis técnicos que não enviarem a declaração no prazo podem ser responsabilizados por falta ética, conforme o Código de Ética do Médico Veterinário (Resolução 1.138/2016 do Conselho Federal de Medicina Veterinária). Além disso, os estabelecimentos podem ter o registro bloqueado e ficar impedidos de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA).
Importância da biosseguridade
A biosseguridade na avicultura envolve um conjunto de medidas para prevenir e limitar a exposição das aves a agentes causadores de doenças. Segundo o Mapa, a adoção dessas práticas reduz os riscos de disseminação de vírus, como o Influenza tipo A, principal causa da gripe aviária.
Aves silvestres infectadas são o principal vetor de transmissão para aves de criação, tornando essencial o controle sanitário rigoroso nos estabelecimentos comerciais. Como a gripe aviária é altamente contagiosa e pode afetar até mamíferos, medidas de prevenção são fundamentais para proteger a saúde pública e evitar impactos econômicos no setor.