A expectativa de filiação de Luciene Peixoto, esposa do presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), ao PSB, não é um movimento que deve ser enxergado como um recurso isolado do chefe do Legislativo estadual que, diante da falta de respaldo do governo, abriu mão de concorrer à prefeitura de Goiânia e agora articula uma jogada para influir no processo eleitoral a fórceps. Abrindo essa lente focalizada em Bruno, há um coletivo de partidos que, para desfrutar de lugar e direito à fala na mesa de negociações da capital, constrói um bloco onde o PSB e o PRD do presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo, já estão com os dois pés fincados, mas também dois outros partidos negociam o embarque.
“Em bloco, nós podemos definir a eleição em Goiânia”, aposta um membro do grupo em que, sim, o presidente da Assembleia Legislativa aparece como parte integrante, mas sem ocupar o papel de regente, pois a lógica é conjugar as demandas suprapartidárias. Ligando os pontos, é evidente que a proximidade entre Bruno Peixoto e Vanderlan Cardoso (PSD), relatada tempos atrás pela coluna, explica-se também pela motivação individual de ocupar a vice na chapa em que o senador é o cabeça (e aqui, um parêntese para citar o desejo já manifestado por Vanderlan de ter uma mulher nessa composição), mas tanto se trata de decisão colegiada que, dentro do bloco, há quem diga que o retorno de Ana Paula Rezende (MDB) à pista “zera o jogo”, por parecer atrativa a possibilidade de se abrir diálogo com a filha de Iris, sem menosprezar o potencial de um acordo com Vanderlan.
A atuação do bloco não estaria estanque apenas a essas alternativas e, embora menos provável, não está descartada a perspectiva de que, de dentro dos quatro partidos, haja um nome para liderar um projeto eleitoral que represente o bando.

Inversão de papéis
Para um interlocutor do alto escalão do governo, Ana Paula Rezende “já é a pré-candidata” e talvez o MDB possa “advogar para que Jânio se filie ao União Brasil e saia de vice dela”, conjecturando ainda a possibilidade de que Darrot concorra a prefeito em Trindade.
Quebra-cabeça
De um governista que não comprou a narrativa de que Ronaldo Caiado ensaiou aproximar-se de Vanderlan Cardoso: “Eu acho que isso partiu dos deputados, num esforço para a esposa do Bruno Peixoto ser a vice (de Vanderlan)”.
Fora do baralho
A fonte analisa que é “a última tentativa de Bruno de manter ascendência sobre o jogo”.
Igual a São Tomé
De um integrante da base sobre Aparecida de Goiânia: “A cidade está em polarização entre Professor Alcides e o atual prefeito Vilmar Mariano, que Gustavo segue reticente em apoiar.”
Lado pessoal
Para o mesmo integrante, a crise provocada por divergências antes administrativas se instalou no âmbito pessoal.
Intercessão
Em Aparecida, lideranças evangélicas devem entrar em campo para tentar convencer Mendanha a apoiar Vilmar.
Fé
Na sexta de manhã (22), ao sair do gabinete de Vilmar, um pastor influente na trajetória de Gustavo falou: “Vai dar tudo certo.”
Velho testamento
No passado, a liderança religiosa foi decisiva para Gustavo se tornar vice de Maguito Vilela no município, reunindo cerca de 200 pastores.
Política do desapego
Se Leandro Vilela (MDB) for pré-candidato em Aparecida, não será por vontade própria. Deputado federal por três vezes, a última vez que disputou um cargo eletivo foi em 2010. Teve a oportunidade de se candidatar a prefeito de Jataí, em 2016, mas rejeitou a ideia.
Aquecimento
A chapa de pré-candidatos a vereador pelo PL, na capital, se reuniu com o deputado federal Gustavo Gayer, na quinta-feira (21). O clima foi de animação para a corrida pelo Paço Municipal. Fred Rodrigues e Major Vitor Hugo estavam presentes.
Que tal?
Vereador pelo PSD, Lucas Kitão não vai retirar a pré-candidatura porque Vanderlan anunciará oficialmente a entrada para a corrida eleitoral em Goiânia. “Aguardo as prévias”, revindica, mas ainda espera para saber se elas ocorrerão mesmo. “Não deram resposta.”
Adivinha quem é?
A tendência é que o partido adote como critério a posição em que os pretendentes do PSD aparecem nas pesquisas (sérias), optando-se pelo primeiro colocado.
Será?
Uma hipótese levantada por lideranças do PSD que acompanham o imbróglio “do lado de fora” é de que o vereador “está tentando fazer barulho para ganhar visibilidade para tentar a reeleição, uma vez que perdeu seu maior apoiador, que era o deputado estadual Lucas Calil”.
Psicologia das massas
Um caiadista acredita que o governador “capturou bem” a interpretação brasileira do conflito na Faixa de Gaza. “Hamas e Palestina é de esquerda. Se eu sou protestante e de direita, eu sou Israel.”
BBB
“O momento nacional da pauta de costumes não é bom para a esquerda e Caiado e Tarcísio não vão abrir mão. A pauta de costumes é o que todo mundo consegue se identificar, é o Big Brother, é de fácil assimilação, diferente de se discutir a administração pública”, acrescenta.
1 - É meu Sandro Mabel conseguiu reverter a movimentação de Professor Alcides, assumindo o Republicanos. 2 - Obrigado Em Aparecida, o partido é da base do prefeito, que saiu fortalecido após o contragolpe de Mabel. 3 - De casa Vice-presidente, o procurador-geral do Município, Fábio Camargo, é quem comandará a sigla de fato.