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Vazio sanitário da soja começa no dia 27 de junho em Goiás, informa a Agrodefesa

Medida fitossanitária é adotada no Estado, desde 2006, para evitar a presença de plantas vivas de soja no campo, contribuindo para prevenir a ferrugem asiática e garantir a sanidade das lavouras


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 23/06/2025 - 15:55

O vazio sanitário da soja terá início em 27 de junho deste ano em todo o território goiano (Foto: Agrodefesa)

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta os produtores rurais que o vazio sanitário da soja terá início em 27 de junho deste ano em todo o território goiano. Até o dia 24 de setembro, estão proibidos o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja, inclusive as tigueras – aquelas que germinam espontaneamente após a colheita. A medida visa prevenir e controlar a ferrugem asiática, uma das doenças mais severas da cultura da soja.

Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o período de 90 dias sem plantas vivas no campo é uma medida fitossanitária essencial para reduzir o inóculo do fungo causador da ferrugem asiática, contribuindo para a sanidade das lavouras e o sucesso da próxima safra.

“O produtor rural goiano sabe que é necessário seguir o calendário fitossanitário e sempre busca cumprir os prazos. É um grande parceiro da defesa agropecuária. Mas é papel da Agrodefesa orientar e reforçar a importância de adotar as medidas fitossanitárias para ajudar a reduzir a incidência da ferrugem asiática no campo, assegurando assim a sanidade vegetal no Estado e, por consequência, os bons números da agricultura goiana”, afirma.

O gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, ressalta que o vazio sanitário é uma medida consolidada. “Estamos falando de algo respaldado pela ciência e pela experiência no campo. O vazio sanitário é uma etapa estratégica no manejo da ferrugem asiática, e seu cumprimento é decisivo para garantir produtividade e competitividade para os produtores goianos”, explica.

O coordenador da Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, reforça que um dos papéis da Agência é levar informações em relação ao tema, por meio de educação sanitária, a produtores, técnicos e entidades do setor. “Nosso compromisso não é somente de fiscalização, mas sim de orientação e de apoio técnico ao produtor. A participação ativa do setor produtivo é fundamental para o sucesso das políticas fitossanitárias e, consequentemente, para mantermos Goiás como referência nacional na produção de grãos”, destaca.

Em Goiás, a estratégia é especialmente importante porque o estado é o terceiro maior produtor de soja do Brasil – atrás apenas de Mato Grosso e Paraná -, com papel relevante na economia agrícola nacional e nas exportações. Dados do 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no dia 12/06, mostram que a estimativa para a safra 2024/2025 é de mais de 20,4 milhões de toneladas de soja, cultivadas em uma área de 4,95 milhões de hectares, com produtividade média de 4,12 toneladas por hectare.

Calendário
De acordo com a Instrução Normativa nº 06/2024 da Agrodefesa, a partir de 25 de setembro já é permitida a presença de plântulas de soja emergidas no campo, sendo a data final para a semeadura, 02 de janeiro de 2026. O cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) deve ser feito em até 15 dias após o término do calendário de semeadura, ou seja, até 17 de janeiro de 2026.

Ferrugem asiática
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi que ataca as folhas da planta de soja, formando pequenas pústulas marrons ou alaranjadas. A doença se propaga por esporos que se espalham pelo vento e podem percorrer grandes distâncias. Quando encontra plantas hospedeiras vivas, o fungo se multiplica rapidamente, provocando desfolha precoce, redução da produtividade e aumento do custo de produção com aplicações de fungicidas.

Com alta capacidade de disseminação, a ferrugem asiática, se não for controlada, pode causar perdas superiores a 70% da produção em áreas severamente afetadas. Por isso, é considerada a principal ameaça sanitária a cultura da soja.

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