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Vereadores pressionam Procurador do Município por vetos a nomeações de equipamentos públicos

Parlamentares criticam pareceres da Procuradoria que embasam vetos do prefeito Sandro Mabel a projetos simbólicos da Câmara


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 14/05/2025 - 09:50

WANDIR ALLAN, PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA - Vereadores pressionam Procurador do Município por vetos a nomeações de equipamentos públicos.png
Vereadores reagem a vetos e cobram respeito à prerrogativa parlamentar (Foto: Divulgação)

Vereadores de Goiânia condenaram nesta semana vetos recorrentes a projetos legislativos que buscam nomear equipamentos públicos da capital. Diversos projetos de autoria de parlamentares têm sido vetados pelo prefeito Sandro Mabel (UB), a partir de pareceres da Procuradoria-Geral do Município (PGM), liderada pelo advogado Wandir Allan.

Na sessão da última terça-feira (13), parlamentares se uniram para criticar o entendimento legal da PGM ao derrubar o veto à matéria do vereador Markim Goyá (PRD) que visava a alterar o nome do Terminal Goiânia Viva para Terminal Padre Francisco Nisoli. O vereador reclamou da Tribuna e foi acompanhado por colegas.

Henrique Alves (MDB), que teve sugestão vetada para nomear o viaduto, ainda em construção, sob as avenidas Castelo Branco e Leste-Oeste, disse que os argumentos são frágeis e desrespeitam os legisladores. “Nesta gestão, todos os projetos referentes à nomenclatura de espaços públicos foram vetados com justificativa frágil”, disse ao falar de reunião agendada com o procurador para tratar sobre o tema.

Presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (PRD) defendeu a prerrogativa parlamentar e em recado claro ao procurador, esclareceu que quem elabora lei são os vereadores. “Quero fazer uma reflexão ao prefeito Sandro Mabel, porque quem cria lei é esta Casa, quem dá nome a estes projetos é esta Casa”, sustentou.

“A questão é quem manifestou nesse veto entende o que ele fez?”, questionou. “Foi o prefeito Mabel que pediu para vetar ou foi o procurador ou a assessoria jurídica que se manifestou a bel prazer?”, indagou Senna.

Aava Santiago (PSDB), que teve matéria semelhante vetada corroborou a fala de Cabo Senna e ironizou que tirar dos parlamentares essa atribuição é ir contra ao senso comum da população que entende que “papel de vereador é mudar nome de rua”, mencionou. “Já sugerir aos colegas que a gente faça uma força-tarefa pedagógica o que é atribuição do Paço e o que é atribuição da Câmara”, acrescentou.

Já Coronel Uzêda (PL) disse que a assessoria do Paço está “complicando a vida do prefeito” e sugeriu que há indisposição em analisar as matérias do Legislativo. “parece que quando vai proposta de lei de vereador já vai o canetão para vetar. Isso não é bom, isso traz animosidade”, declarou. Anselmo Pereira também reclamou dos vetos.

Mea culpa

Líder do Governo, Igor Franco (MDB) interveio e apoiou a derrubada de veto após diálogo com a Secretaria de Governo da Prefeitura de Goiânia. “Já foi autorizada a orientação para rejeitar o veto, é um projeto que faz história para Goiânia, então, eu, como líder do prefeito, darei orientação para rejeitar o veto”, afirmou Igor.

O veto do prefeito Sandro Mabel foi derrubado e a lei será promulgada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Romário Policarpo (PRD).

A reportagem questionou a Prefeitura de Goiânia sobre o entendimento jurídico da PGM quanto à competência da Câmara para nomear espaços públicos, os critérios adotados para recomendar vetos e como se dá a interlocução com o Executivo nesses casos, mas não houve resposta.

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