O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), apresentou nesta terça-feira (10), na Câmara Municipal, o balanço fiscal do primeiro quadrimestre da sua gestão com um resultado positivo de R$ 27,1 milhões. O dado representa alívio diante do cenário de crise financeira herdado da administração anterior, que, segundo a atual administração, deixou um passivo total de R$ 500 milhões.
Segundo o prefeito, R$ 178 milhões já foram pagos em quatro meses, com foco no saneamento de débitos junto ao BNDES, Caixa Econômica Federal, Receita Federal, INSS, AparecidaPrev e organismos internacionais como o CAF. Restam ainda R$ 154 milhões a pagar, já reconhecidos e em processo de quitação. Os demais valores estão em negociação contratual ou judicial.
“Assumimos com responsabilidade e seriedade. Enfrentamos a dívida, reorganizamos a Prefeitura e conseguimos fechar os primeiros meses com superávit. É um marco da virada de Aparecida para um novo ciclo”, afirmou Vilela, que disse ter aplicado contigenciamento de 10% nas despesas para economizar recursos e cumprir com os débitos em aberto.
Leandro Vilela mencionou o pagamento de R$ 59 milhões em folha atrasada, R$ 16 milhões em acertos trabalhistas, R$ 4 milhões em precatórios e dívidas com a Equatorial e internet, R$ 47 milhões em despesas do exercício anterior, R$ 17 milhões para a Aparecida Prev e R$ 13 milhões para o Banco Andino.
Economia e equilíbrio fiscal
De acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda, as despesas entre janeiro e abril somaram R$ 728,3 milhões, enquanto as receitas atingiram R$ 755,4 milhões — resultando no superávit de R$ 27,1 milhões. As medidas de contenção de gastos também geraram uma redução de 10% nas despesas em relação ao mesmo período de 2024.
A Receita Corrente Líquida (RCL), usada como base para controle fiscal, foi de R$ 403 milhões nos cinco primeiros meses de 2025, com o acumulado dos últimos 12 meses alcançando R$ 2,19 bilhões.
Saúde, Educação e infraestrutura
Apesar do esforço para ajustar as contas, a Prefeitura manteve os investimentos mínimos exigidos por lei: 26,19% da RCL foram aplicados em Educação e 17,62% em Saúde. Já os gastos com pessoal ficaram em 41,76% da RCL, dentro do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
As obras de mobilidade urbana, educação, iluminação pública e habitação também seguem em andamento. Destaque para a retomada dos Eixos Leste-Oeste, a ponte entre os setores Itapuã e Morada dos Pássaros, reformas escolares e substituição de mais de 17 mil lâmpadas por LED.
“Estamos mostrando que é possível pagar dívidas, investir na cidade e cuidar das pessoas ao mesmo tempo. Esse é o compromisso que assumimos e estamos cumprindo com transparência e responsabilidade”, concluiu Vilela.