As adesões do Avante, PP e mais adiante o iminente anúncio de apoio do Republicanos ao projeto do presidente licenciado da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, mostram que o empresário das rosquinhas, também tem fome de poder político e está disposto a ter ao seu lado, o maior número de legendas em sua coligação. Mesmo que, para isso, tenha de desidratar projetos dos adversários e até amigos, como o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade).
Em abril deste ano, uma semana após ser rifado pelo Republicanos e ter que buscar morada no Solidariedade, Rogério Cruz contava em sua radiografia política o apoio de até 10 partidos. Nas suas contas, até o partido da Igreja Universal estaria consigo. Completavam a lista o próprio SDD, Mobiliza, Avante, PDT, PP e PMB, além de manter conversas com o PRD e com o PRTB. Se isso fosse consolidado, provavelmente, seria a maior aliança política na corrida ao Paço. Mas quiseram os próximos episódios políticos que esse desenho virasse apenas um rabisco.
Rogério Cruz não contava com uma nova operação da Polícia Civil que investigava indícios de corrupção em órgãos da Prefeitura – a segunda, em menos de três meses. Mesmo que até agora nada tenha sido provado contra sua gestão, foi impossível conter a escalada dos desgastes. Mabel, observando isso, entrou em campo com articulação expressiva do governador Ronaldo Caiado (UB), que, gradativamente, passou a entrar na pré-campanha do empresário ativamente.
Em pouco tempo, Mabel, mesmo sem decolar nas pesquisas de intenção de voto, já contava com o apoio do Avante e nesta semana teve sinal verde do PP para aliança. Deve receber nos próximos dias a consolidação do embarque do Republicanos, do PRD e de partidos de menor expressão como o PRTB e PMB. Restará a Rogério o apoio do Mobiliza e se muito, do PDT. Mas ainda há espaços para mudanças, haja vista que o deputado estadual George Morais e a deputada federal Flávia Morais possuem alinhamento e bom trânsito com o governador Ronaldo Caiado (UB).
Isso não significa que Rogério Cruz vá mal em sua articulação política, embora a desidratação de seu projeto seja um fato. Rogério Cruz tem as mesmas dificuldades que os seus adversários que estão bem à frente nas pesquisas: o senador Vanderlan Cardoso (PSD) e a deputada federal Adriana Accorsi (PT). O primeiro, inclusive, já reconhece que deve caminhar com chapa-puro sangue. A petista conta com o apoio do PSB e da Federação Rede-PSOL, mas não obteve sucesso em ampliar o leque de alianças com partidos do centro.

Sinais
Quase um mês após ser avisado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) de que não seria o candidato na disputa por Aparecida, o prefeito Vilmar Mariano dá sinais de que seu futuro será distante da base caiadista.
Enigma
Ele publicou um stories enigmático – recurso em que as mensagens somem após 24 horas – no Instagram. “As três cobras mais perigosas do mundo: inveja, ingratidão e traição. Elas se escondem em qualquer lugar, até mesmo em abraços e sorrisos”, destacou.
Dois reais ou um apoio misterioso?
Vilmar reforça a aliados que dificilmente andará no mesmo projeto que seja compartilhado por Gustavo Mendanha e pretende deixar a declaração de seu apoio para o último dia das convenções partidárias. Ao longo das últimas semanas, teve encontros com o deputado federal Alcides Ribeiro e o senador Wilder Morais, do PL.
Incômodo
Gustavo Mendanha tem feito acenos públicos a Vilmar para tentar trazê-lo ao grupo, mas a falta de resposta tem incomodado a base caiadista. “Vilmar teria a chance de virar a chave e tornar-se protagonista no grupo. Agora, estamos articulando sem ele. Não dá para esperar”, diz uma fonte palaciana.
Afinados
Aliado de Vilmar Mariano, Sandro Mabel demonstra bom relacionamento com Leandro Vilela. Ambos acertaram atos de campanhas conjuntas, especialmente, as que envolvem ações em bairros e ruas que dividem Goiânia e Aparecida.
Polarização anapolina
Pesquisas de intenção de voto, em Anápolis, reforçam a liderança do ex-deputado estadual Antônio Gomide (PT) na disputa pela Prefeitura, mas apontam aproximação de Márcio Corrêa (PL) que saltou e ganhou corpo nos levantamentos.
Explica-se
QG de Gomide não preocupa com o salto de Márcio Corrêa. “Ele tem o apoio do bolsonarismo que inegavelmente tem sua força no município. Houve desistências no processo que acabaram o favorecendo como a do deputado estadual Amilton Filho”, diz uma fonte.
Processo
O deputado estadual Amilton Filho chegou a trabalhar o nome na pré-campanha, mas decidiu recuar para apoiar Corrêa. Nas pesquisas em que tinha o nome testado aparecia com aproximadamente 10% das intenções de voto. “É natural que Márcio tenha herdado parcela significativa desses votos”, acredita.
1. O voto Mesmo numa eleição municipal, o segmento evangélico será fundamental 2. evangélico Na construção política e no processo eleitoral das eleições em 2024 3. Nas eleições Essa é aposta do Bispo Oídes do Carmo, em entrevista a TP, desta semana
Encontro inusitado
O governador Ronaldo Caiado (UB) e o senador Vanderlan Cardoso (PSD) se reuniram no começo da semana para discutir agenda econômica de interesse de Goiás no Senado Federal. Não deixaram de discutir política.
Reforço
Caiado reforçou que seu projeto é mesmo de emplacar a pré-candidatura à Presidência da República em 2026 e que isso está consolidado. Vanderlan também disse o mesmo sobre sua pré-campanha em Goiânia. Ambos também reforçaram que vão estar juntos em alguns palanques interioranos, em 2024. Itumbiara é um deles.
Senador Canedo
Lançada pré-candidata pelo PSD em Senador Canedo, Izaura Cardoso não crê em oposição do governador Ronaldo Caiado (UB), mesmo com o apoio do gestor a Fernando Pellozo, atual prefeito. “O governador não vai trabalhar na oposição a mim. Eu não acredito. Ele tem pesquisa, é um homem muito inteligente. Ele não vai trabalhar em oposição a minha candidatura”, relatou em entrevista à Tribuna.
Frustração
Bispo Oides do Carmo, em entrevista à jornalista Andréia Bahia da Tribuna do Planalto, reconheceu frustração no processo eleitoral da base caiadista em Anápolis: “Eu queria que fosse o outro Márcio, o Márcio Cândido, e nos frustramos. A igreja de Anápolis até hoje não tomou uma posição em razão da frustração do não emplacamento do nome do Márcio Cândido”
Escolhas
O prefeito Roberto Naves (Republicanos) trabalhava o nome do vice-prefeito Márcio Cândido (PSD), mas no final das contas lançou a professora Eerizania Freitas (UB) que até agora não conseguiu emplacar nas pesquisas de intenção de voto.
Direita unida
Apesar de reconhecer que a fragmentação das direitas favorecem Antônio Gomide, Oídes acredita que no segundo turno, o campo conservador caminhará junto. “Anápolis é uma cidade de segundo turno, acho que ninguém leva isso em primeiro turno em Anápolis. Segundo turno, todos de ideologia de centro e de direita vão estar unidos”, avalia.
Desnecessário
Oídes também destacou que não via necessidade na troca de Vilmar Mariano por Leandro Vilela, em Aparecida. “De qualquer maneira, acho que deve ter unidade da base do governador, embora o Vilmar tenha ficado muito ferido, porque, é claro, tinha uma expectativa muito grande e isso inviabilizou o projeto político dele”, salientou.
Juntos com Leandro
Entretanto, o bispo avalia que a base deverá permanecer unida em torno de Leandro Vilela. “Mas esse grupo, se mantendo unido, vai-se comprovar que a decisão foi certa em relação ao nome de Leandro”, pontuou.