Quem ganhou e quem perdeu

Estamos a poucos dias de fechar o quadro eleitoral deste ano, com a definição oficial de alianças e candidatos, mas não há margem para grandes surpresas. Algumas coisas já ficaram evidentes nessa eleição, como a capacidade de articulação de alguns políticos.

Na escolha do candidato a prefeito da capital, que representa o grupo político do governador Ronaldo Caiado e recaiu sobre Sandro Mabel, sobressaiu a força do próprio  governador. Em tese, caberia ao MDB indicar o candidato, uma vez que, com a morte de Maguito Vilela, foi tirada do partido a chance de continuar governando a capital. Todavia, Caiado quis que Mabel se filiasse a seu partido, e nem a vice foi garantida ao MDB. 

Ainda na capital, Vanderlan Cardoso (PSD) repetiu seu ostracismo. Mesmo isolado, ele está à frente nas pesquisas de intenção de votos, demonstrando a força de seu capital político. Capital que ameaça a reeleição do prefeito Fernando Pellozo em Senador Canedo, onde sua mulher, Izaura Cardoso, disputa a eleição. Ali,na terra de Vanderlan, a disputa se dará mais entre os cabos eleitorais Vanderlan e Caiado que entre os próprios candidatos. 

Em Aparecida de Goiânia, o candidato tem sobrenome Vilela, Leandro Vilela (MDB), mas o principal articulador foi Gustavo Mendanha (MDB), que confirma sua liderança política não só em Aparecida, mas no Estado. O prefeito Vilmar Mariano, que foi para o UB para ser o candidato do Caiado, sai do processo como grande perdedor. 

Quem também sai chamuscado é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Bruno Peixoto (UB), que não conseguiu ser candidato em Goiânia e se desgastou com o governador e políticos de seu partido. Já Daniel Vilela pode comemorar ter passado meio despercebido na eleição. Mira 2026 e para ele o importante é reforçar o slogan da propaganda do MDB, “Tamo junto, governador”.