A Vila Cultural Cora Coralina, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Secult), será palco de uma das mais abrangentes exposições de arte africana já realizadas em Goiânia. A mostra “Arte Africana: Máscaras e Esculturas” será inaugurada nesta quarta-feira (20), às 19h, no Dia Nacional da Consciência Negra. O evento é aberto ao público e promete destacar a riqueza cultural e ancestral do continente africano.
Composta por 416 peças da renomada Coleção África, a exposição reúne máscaras, estatuetas e objetos de uso cotidiano e ritualístico. A curadoria é assinada por Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Renato Araújo e Danilo Garcia. O acervo inclui esculturas, talheres, pentes, polias, tecidos e peças especiais, como as mama watas – figuras lendárias da mitologia africana ocidental –, bronzes, adornos e bancos cerimoniais.
As máscaras, carregadas de simbolismo, representam portais para a cultura ancestral africana, conectando-se aos segredos e espíritos do continente. As esculturas, por sua vez, expressam significados rituais e sociais, formando um mosaico abrangente das tradições e crenças africanas.
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, destacou o significado da abertura da exposição no Dia da Consciência Negra. “Este é um dia de reflexão, celebração e reconhecimento das contribuições inestimáveis dos povos africanos à nossa cultura e identidade. Abrir essa exposição neste momento nos conecta profundamente às nossas raízes e nos lembra da beleza, diversidade e riqueza da arte africana”, afirmou.
Para o curador e coordenador da Vila Cultural, Gilmar Camilo, a montagem da mostra foi tanto desafiadora quanto inspiradora. “Trabalhar com esse acervo extenso e significativo nos permitiu criar uma exposição que contribui culturalmente para o Estado de Goiás e para o público visitante. É uma experiência que instiga e aproxima as pessoas das tradições africanas”, destacou.
A montagem da exposição teve início em 1º de novembro e envolveu uma equipe de 10 pessoas, incluindo servidores da Vila Cultural Cora Coralina e membros do coletivo cultural Bëi, sob a supervisão de Gilmar Camilo e coordenação do curador Danilo Garcia.
A exposição estará aberta ao público até 6 de abril de 2025. A Vila Cultural Cora Coralina funciona diariamente, das 9h às 17h, com entrada gratuita. O espaço também é pet friendly, permitindo a entrada de animais de estimação, desde que com coleira.