O jogo entre Inter de Limeira e Vila Nova em seu tempo regulamentar foi de poucas emoções, os goleiros foram pouco exigidos e o placar acabou ficando no empate sem gols. A classificação foi decidida nas penalidades e o Vila foi melhor, não errou nenhuma cobrança, enquanto o adversário perdeu uma penalidade defendida pelo goleiro Halls. Com o resultado, o Vila se classificou para a próxima fase e vai enfrentar o Rio Branco de Venda Nova, do Espirito Santo em partida única a ser realizada em Goiânia. Teoricamente, o Vila Nova deve avançar na competição e ganhar mais uma bolada em premiação.
A classificação de ontem em Limeira rendeu para os cofres do Vila a quantia de R$ 1.543,500,00, que serão somados aos R$ 1.378,125,00 já garantidos na primeira fase do torneio. Em entrevista depois do jogo, o presidente Hugo Bravo afirmou que o Vila não receberá todo esse dinheiro. Parte desse montante fica retido para o pagamento de dívidas fiscais e trabalhistas. O presidente colorado lamentou que as gestões do passado vilanovense ainda continuam assombrando o presente e o futuro do clube. Hugo disse que essas retenções ainda serão realizadas por muito tempo.
Kauan no Atlético
Quem não se lembra do episódio envolvendo o meia Kauan, promessa da base do Goiás que saiu pelas “portas do fundo” e foi jogar no Fortaleza? Foi mais uma revelação do time esmeraldino que deixou o clube envolvido por pelo “canto da sereia” dos empresários, que antecipam etapas na vida desses jovens talentos e acabam por prejudicar a carreira profissional dos atletas.
Kauan começou a vestir a camisa titular do Goiás com apenas 17 anos fazendo excelentes partidas e marcando gols, mas ficou pouco tempo. Seu empresário pagou sua multa rescisória e o negociou com o Fortaleza. Por ser ainda muito jovem, Kauan está sendo emprestado para o Atlético Goianiense. Agora com 19 anos, o jogador vem para adquirir a experiência que deveria ter conquistado jogando pelo Goiás. Se tivesse ficado no Goiás, certamente seria negociado atualmente por um valor infinitamente superior e poderia estar jogando em um grande time do futebol brasileiro ou até do exterior.
Fato semelhante aconteceu anteriormente com o volante Rodrigo, que por influência de seu empresário, se negou a renovar contrato com o Goiás, saiu de graça e foi jogar no Palmeiras. Mas não se firmou, foi emprestado várias vezes e hoje é um andarilho do futebol, sem destaque nenhum por onde passa. Coincidência ou não, Rodrigo também passou pelo Atlético Goianiense, mas ficou pouco tempo, pois não apresentou um bom futebol. Vai acontecer o mesmo com Kauan? Não podemos afirmar, mas os caminhos percorridos pelos dois jogadores são semelhantes.
Os pais desses jovens atletas também são responsáveis pelas aventuras ou desventuras de seus filhos. São envolvidos por promessas de muito dinheiro por parte dos empresários e, muitas vezes, com dificuldades financeiras, acabam incentivando as jovens promessas a romper com seus clubes de origem em busca de sonhos, que podem se transformar em pesadelos.
O Goiás tem uma boa safra de jovens jogadores em suas categorias de base que precisam ser muito bem monitorados para que não sejam envolvidos nesse “canto de sereia” dos empresários. Diego Caito, Anthony, Danilo, Guilherme Baldória, Haledrrandrio e Larson (emprestado ao Palmeiras) são pérolas formadas pelo time da Serrinha que precisam ser muito bem trabalhadas. Podem render alguns milhões para os cofres do Goiás ou simplesmente irem embora pelas mãos de empresários mal intencionados.
