Por Redação Tribuna do Planalto em 20/03/2025 - 16:22
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), deflagrou nesta quinta-feira (20) a Operação “Oil Green”, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que cultivava maconha e produzia ilegalmente óleos e shampoos à base da planta. O laboratório clandestino funcionava em um apartamento no Setor Bueno, bairro nobre de Goiânia.
A operação cumpriu quatro mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. As investigações tiveram início após a interceptação de encomendas nos Correios contendo frascos de óleo de maconha, enviados da capital goiana para diversos estados do país.
Segundo a polícia, os suspeitos atuavam há cerca de cinco anos, plantando e cultivando a cannabis em residências vinculadas ao grupo. Os produtos eram divulgados e comercializados por meio de redes sociais como alternativa terapêutica para diversas doenças, sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada frasco era vendido por R$ 300.
Durante as buscas, os agentes localizaram duas estufas com pés de maconha, além de frascos, rótulos e produtos (óleo e shampoo antiqueda) derivados da cannabis sativa prontos para a venda. O local era utilizado não apenas para o cultivo da planta, mas também para a manipulação e envasamento dos derivados.
No Brasil, a comercialização de produtos à base de cannabis para fins medicinais é permitida apenas com autorização da Anvisa. Em alguns casos, a Justiça concede permissão para o cultivo da planta exclusivamente para uso próprio, sem fins comerciais. Uma das investigadas possuía essa autorização judicial, mas a utilizava para vender ilegalmente os produtos. A PCGO segue investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
Arthur Oliveira é estagiário da Tribuna do Planalto sob supervisão de Carla Borges.
