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Ângelo Luiz quer fazer história com o Anápolis


Por em 27/03/2025 - 06:58

Ariel, destaque do Anápolis

O melhor técnico do campeonato goiano quer o título estadual para coroar o grande momento vivido pelo Anápolis Futebol Clube. Depois de assumir o comando técnico do time no ano passado, Ângelo Luiz conseguiu o acesso para a Série C do campeonato brasileiro, mantendo em 2025 a boa sequência de resultados alcançada no ano anterior. Em pouco tempo, o tricolor anapolino celebra o título de campeão do interior e a vaga na Copa do Brasil do ano que vem, além de estar presente na grande final do campeonato goiano, com a vantagem de ter vencido a partida de ida pelo placar de dois a zero.

Depois da vitória espetacular contra o Vila Nova na primeira partida da decisão, a grande preocupação do técnico Ângelo |Luiz é conter a euforia e o clima do “já ganhou” entre os jogadores. “O Anápolis não ganhou nada ainda”, justifica o treinador. É preciso manter o foco pois a partida de volta no Serra Dourada vai ser muito difícil. “Vamos encontrar um estádio lotado e um time bem preparado pela frente”. O Anápolis sabe que o Vila está ferido, não só pela derrota no jogo anterior, mas principalmente porque não conquista o título estadual há 19 anos. Por isso o elenco está fechado em torno do grande objetivo que é conquistar o campeonato goiano. Se o Vila está há 19 anos sem o título estadual, o Anápolis tem 60 anos sem essa conquista. O Galo da Comarca está na fila há muito mais tempo.

O meia Ariel, um dos destaques do Anápolis no campeonato goiano, acredita que o time tem todas as condições de impor seu estilo ofensivo no jogo final do goianão. O técnico Ângelo Luiz conta com alguns jogadores importantes para a decisão, um deles é Ariel, que mais uma vez se destaca com a camisa tricolor. Autor de três gols e cinco assistências, Ariel
Acredita que poderá render ainda mais nessa grande final. O meia sabe que os números são bons , mas sempre existe espaço para melhorar. “Creio que para crescer individualmente é preciso ter uma boa base coletiva. Isso o Anápolis está me proporcionando, finaliza Ariel”.

Sem dinheiro para contratar

O Goiás precisa investir na contratação de bons jogadores e formar um time competitivo, se quiser conquistar o acesso para a série A do campeonato brasileiro. Tem um bom técnico, mas encontra nas multas rescisórias um empecilho para investir em reforços de qualidade. Para oficializar a saída de Jair Ventura, o Goiás teve que fazer um acordo de parcelamento com o treinador e vai levar um bom tempo para quitar a dívida. Recentemente, para liberar o atacante Vinícius, que atualmente defende o Náutico, teve que desembolsar um valor expressivo para encerrar o vínculo com o jogador, que foi de pouca utilidade para o time esmeraldino. O mesmo aconteceu com outros jogadores e treinadores, como Thiago Galhardo, que custou caro e não justificou sua contratação.

Tendo que gastar com rescisões contratuais, restam poucas possibilidades financeiras para o investimento em boas contratações. Esse quadro é o reflexo das más gestões do Goiás nos últimos anos. Sem dinheiro, o clube vive em busca de jogadores livres no mercado, na tentativa de acertar na contratação de alguns deles. O resultado é pouco produtivo, principalmente quando tem que dispensá-los antes do fim do contrato por incapacidade técnica. Só esse ano, tem os exemplos do vai e vem entre os técnicos Jair Ventura e Vagner Mancini e dos jogadores contratados para o campeonato goiano, entre eles, os atacantes Arthur Kaike, Zé Hugo, Facundo Barcerló, além dos laterais Willean Lepo e Douglas Teixeira. Edson Carioca, outra péssima contratação, ganhou um contrato de três anos com o Goiás e teve que ser emprestado para o Mirassol, para aliviar a pesada folha de pagamento do time da Serrinha.

Nicolas, lembrado para reforçar o Goiás

Sem dinheiro para contratar, o Goiás vai ao mercado tentando negociar jogadores que não estão sendo aproveitados em seus clubes ou que estejam livres no mercado. Esta semana, o Goiás tentou a contratação do meia Shaylon, desgastado no Atlético Goianiense, oferecendo em troca o lateral Willean Lepo. Adson Batista até gosta desse jogador, mas preferiu não fazer o negócio. O nome do centroavante Nicolas, que já esteve no Goiás e atualmente defende o Paysandu, também foi lembrado nos bastidores do alviverde. Mas tem muita rejeição interna e entre os torcedores. Somente a transformação em uma SAF pode levar o Goiás a ser forte novamente. No modelo de gestão atual, não há fontes de investimento e o time vai se arrastando pelos campeonatos, deixando a grande torcida esmeraldina sem esperanças de ver o clube voltar a brilhar novamente no cenário nacional.

Herivelto Nunes

Herivelto Nunes é Jornalista, com Pós Graduação em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching

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