A Universidade Federal de Goiás (UFG) oficializou as datas e chapas candidatas para a eleição que vai escolher a próxima gestão da Reitoria para o mandato de 2026 a 2029. A consulta à comunidade acadêmica será realizada nos dias 24 e 25 de junho, com votação direta, secreta e paritária entre docentes, técnicos administrativos e estudantes. O pleito definirá a nova liderança da instituição, marcada nos últimos anos por tensões em torno da nomeação para o cargo máximo da universidade.
A atual candidata Sandramara Chaves volta à disputa ao lado da candidata a vice-reitora, Camila Caixeta. Em 2021, Sandramara foi a mais votada na consulta, com 3.309 votos, mas não foi nomeada reitora, pois o então presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou Angelita Pereira de Lima, terceira colocada na lista tríplice, decisão que contrariou a maioria da comunidade universitária.
Com o compromisso assumido pelo atual governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de respeitar as escolhas das universidades públicas, a expectativa este ano é de que o nome mais votado na consulta seja de fato nomeado reitor ou reitora da UFG.
Chapas
As inscrições das chapas que disputarão a Reitoria da UFG foram oficializadas nesta terça-feira (20/05). Entre as candidaturas está a chapa “UFG Agora Com Você”, liderada por Karla Emmanuela e Eliomar Araújo, que propõe uma gestão baseada na inclusão, escuta ativa e valorização da comunidade universitária. Também concorre a chapa “UFG Atenta e Forte”, formada pela professora Sandramara Chaves e Camila Caixeta, que defende uma administração pautada na experiência, no diálogo aberto e no compromisso com uma universidade pública, plural, ética e inclusiva.
Como funciona a eleição na UFG?
O processo eleitoral na UFG ocorre em duas etapas. Primeiro, a consulta à comunidade acadêmica é feita por meio de votação direta e secreta, com pesos iguais de um terço para cada segmento, após o resultado da consulta, os três nomes mais votados compõem a lista tríplice, que é homologada pelo Conselho Universitário (Consuni) e encaminhada ao Ministério da Educação (MEC) e à Presidência da República. Cabe ao presidente da República nomear oficialmente o novo reitor ou reitora, podendo escolher qualquer um dos três indicados, embora a prática democrática e histórica recomende a nomeação do primeiro colocado.