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A revolta das arquibancadas


Herivelto Nunes Por Herivelto Nunes em 14/09/2024 - 13:34

Foto: Márcio Hawk
Foto: Márcio Hawk

A torcida esmeraldina deu um belo exemplo de como protestar sem quebrar o patrimônio alheio e sem violência. Mandou o recado aos dirigentes, cancelando mais de mais de 500 títulos de sócio-torcedor e o comparecimento de um pequeno número de torcedores ao jogo da última sexta-feira contra o Avaí. O Goiás tem a terceira maior folha de pagamento da série B, um orçamento superior a R$ 60 milhões para uma campanha pífia, mais preocupada em não cair para a série C do que subir para a série A. Tá certo que ganhou do Avaí, mas o futebol foi o mesmo, talvez um pouco mais voluntarioso, mas com pouca criatividade e o mesmo ataque inoperante apresentado em todo o campeonato. Tanto é que os gols do Goiás foram marcados por um volante e um zagueiro.

A campanha “público zero” resultou na pior presença de torcedores do ano em curso. Pouco mais de 1750 pagantes, muito pouco para quem investiu alto para levar o alvi-verde  à primeira divisão ainda nessa temporada. Não é nenhuma rebeldia dizer que o Goiás precisa ser passado a limpo. Com a péssima campanha na série B, torcedores que adquiriram o título de sócio-torcedor estão cancelando seus títulos. São mais de 500 cancelamentos na semana que está terminando. Esse movimento já chama a atenção da mídia nacional, por se tratar de uma iniciativa de grande impacto.

A atual geração da família Pinheiro não dá conta de continuar o trabalho vitorioso dos irmãos Edmo e Hailé. São vaidosos e rancorosos, estão em pé de guerra tanto em família como na luta pelo comando dos destinos do Goiás. O melhor para o clube, seria o afastamento de todos, abrindo espaço para uma grande reformulação estatutária e administrativa do Goiás Esporte Clube. Em recente entrevista a uma emissora de rádio local, Paulo Rogério Pinheiro afirmou que pretende disputar as eleições para a presidência do Conselho Deliberativo, cargo atualmente ocupado pelo primo e desafeto Edminho Pinheiro. Enquanto brigam pelo poder, o Goiás definha a passos largos. Nessa entrevista, Paulo Rogério afirmou que os funcionários do Goiás o adoram e pedem sua volta.  Será?

Herivelto Nunes

Herivelto Nunes é Jornalista, com Pós Graduação em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching

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