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Até quando?


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 10/12/2023 - 06:26

Nos últimos dias, os jornais vêm noticiando o desaparecimento de Pedro Lucas Santos, de 9 anos, em Rio Verde, há mais de um mês, e o assassinto brutal da adolescente Amélia Vitória, de 14 anos, em Aparecida Goiânia, no final de novembro. Os casos causam indignação e revolta, mas nada é feito para evitar que outras Amélias e Pedrinhos se tornem vítimas não só da violência, mas da negligência, do abandono, da falta de acesso às políticas públicas a que têm direito garantido pela Constituição. 

O Estado falha com nossas crianças. E não venham apontar o dedo para a família, pois a maioria dos pais que hoje chora seus filhos também foi uma criança violentada em seus direitos. Cabe à sociedade proteger as novas gerações, a todos nós. 

Institucionalmente, existe uma rede de proteção da criança e do adolescente que tem como base a escola e o Conselho Tutelar, agente operacional dessa proteção, além de envolver a Defensoria Pública, Ministério Público, tribunais de Justiça e órgãos de assistência social. Como bem diz o nome, deveria funcionar como uma rede, na qual cada um tem um papel.

Mas a coisa degringola logo na ponta, porque nossas escolas e educadores não estão preparados para perceber os sinais de falta de proteção nos alunos. Os conselheiros tutelares só aparecem no período eleitoral e para reclamar da falta de estrutura e os demais  órgãos limitam suas ações às paredes de suas salas refrigeradas. Quando os casos chegam a eles, a desgraça é feita.

Enquanto isso vamos nos perguntando, até quando?

       

 

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