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Brics fortalece cooperação agropecuária e impulsiona comércio internacional

Grupo concentra metade dos produtores do mundo e amplia debates sobre segurança alimentar


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 23/02/2025 - 11:22

Wenderson Araujo/Trilux/CNA Via Agência Brasil
Brics fortalece cooperação agropecuária e comércio internacional. Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA Via Agência Brasil

Os países do Brics desempenham um papel essencial na produção agrícola e no comércio agropecuário mundial. De acordo com Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, o grupo reúne cerca da metade dos 550 milhões de produtores rurais do planeta. Além disso, responde por 30% da pesca de cultivo e 70% da aquicultura, além de ser um grande fornecedor de fertilizantes e matérias-primas essenciais para o setor.

Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21), após a reunião do Grupo de Trabalho de Agricultura do Brics, o secretário destacou a relevância econômica da parceria. Em 2023, o Brasil exportou US$ 165 bilhões em produtos agropecuários, sendo 41% desse total destinados aos países do Brics. Para ele, o bloco tem papel estratégico na segurança alimentar global, já que mais de 733 milhões de pessoas passam fome no mundo.

Outro ponto discutido foi a relação entre a agricultura e a COP 30, que será sediada no Brasil. Segundo Luís Rua, a recuperação de pastagens degradadas é um dos principais projetos sustentáveis em pauta. Em 2023, mais de 1 milhão de hectares foram restaurados, promovendo maior produtividade sem desmatamento. Essa ação está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2 da ONU, que visa erradicar a fome até 2030.

Por fim, o secretário ressaltou a importância da certificação eletrônica para reduzir a burocracia no comércio agropecuário. A meta é garantir que mercadorias circulem sem entraves, evitando que cargas fiquem retidas em portos por falta de documentos físicos. O Brics busca, assim, fortalecer a integração entre seus membros e demonstrar ao mundo como o Sul Global pode liderar práticas inovadoras no comércio internacional.

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