O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas nesta terça-feira à ausência de apoio do Governo Federal para enfrentar a crise na saúde de Goiânia, que classificou como um “verdadeiro colapso”. Em tom de cobrança, Caiado destacou os esforços do estado para suprir as demandas da capital, enquanto questionava o fechamento de mais de 200 leitos no Hospital das Clínicas (HC-UFG), administrado pela União.
“O estado de Goiás está sobrecarregado, assumindo as demandas da capital em um verdadeiro colapso. Estamos mantendo todos os hospitais estaduais funcionando para atender os pacientes de Goiânia, como Uruaçu, Trindade, Jataí, Itumbiara e outros. Agora, onde está o Hospital das Clínicas com mais de 200 leitos fechados? Essa é a pergunta que a imprensa deveria fazer”, declarou Caiado.
O governador ressaltou que a rede estadual tem absorvido boa parte da pressão que deveria ser compartilhada com o governo municipal e federal. Segundo ele, hospitais regionais em cidades como Itumbiara, Uruaçu e Jataí estão atendendo pacientes de Goiânia, impedindo que o cenário se agrave ainda mais.
“Não há demanda de leitos de UTI hoje porque o estado se antecipou, direcionando os pacientes para os nossos hospitais regionais. Goiás está na frente de tudo, mas isso não é sustentável. Onde está o apoio federal?”, questionou Caiado.
Nota do Hospital das Clínicas
Em resposta às declarações, o HC-UFG/Ebserh informou que recentemente abriu 10 novos leitos de UTI pediátricos e 6 leitos de UTI adultos, comunicando de imediato às secretarias municipal e estadual de saúde. A instituição destacou que a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, atualmente sob intervenção do Governo Estadual, não buscou diálogo com o hospital.
“A unidade hospitalar não foi procurada pela equipe de intervenção até o momento. O HC-UFG e a Ebserh, estatal do Ministério da Educação que faz a gestão da unidade, estão à disposição dos gestores locais para seguir contribuindo”, afirmou a nota.