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CBF decide acabar com a Copa Verde

A Copa Verde já vai tarde. É claro que a CBF deve estar estudando a reestruturação do torneio


Por em 11/04/2025 - 08:52

Copa Verde chega ao fim

O torneio regional é realizado pela CBF desde 2014, reunindo clubes das regiões Centro-Oeste, Norte e o Espírito Santo, no Sudeste. Mas nunca foi uma competição importante nos cenários regional e nacional. A começar pelo nome, sem atrativo nenhum, afinal a que remete o nome Copa Verde?

Além desse aspecto, a competição nunca atraiu o interesse dos melhores clubes das regiões envolvidas, à exceção do Pará, que sempre gostou dessa Copa, tanto que o Paysandu é o maior campeão com quatro títulos conquistados. Em Goiás, os times só participam quando são eliminados de outras competições mais importantes, como o Goiás agora, que não ganhou o campeonato goiano e não tem a Copa do Brasil em seu calendário.

A Copa Verde já vai tarde. É claro que a CBF deve estar estudando a reestruturação do torneio, inclusive com a substituição desse nome que não diz nada. Mas a última edição da Copa Verde, depois de muitos jogos com times semiamadores, chegou ao seu final com uma decisão interessante. Goiás e Paysandu disputam o título da última Copa Verde. O primeiro jogo terminou empatado em Belém e levou um público superior a trinta mil pessoas. O jogo de volta será realizado no estádio Serra Dourada e para ser campeão o Goiás precisa de uma vitória simples. A diretoria espera um público superior a trinta mil torcedores. Vamos aguardar e torcer para que a CBF seja mais criativa, faça uma competição atrativa para torcedores e patrocinadores e permita a transmissão via televisão de todos os jogos, fato que não aconteceu nesta edição. Só as finais estão sendo transmitidas por uma emissora do Pará através do YouTube.

Contratações complicadas
Para contratar jogadores ruins, o Goiás é ágil, mas quando decide ir ao mercado com seriedade, as contratações se transformam em uma novela de horário nobre. Edson Carioca, Zé Hugo, Facundo Barceló, Douglas Teixeira, Regis e Arthur Kaíque chegaram sem dificuldades. E estão indo embora sem deixar saudades. No entanto, as contratações anunciadas de Anselmo Ramón e Bryan, que não são sumidades, apenas melhores do que os relacionados acima, não têm as negociações concluídas, cada dia um capítulo diferente. Dizem que Anselmo Ramon está na cidade procurando imóvel para morar com a família, mas não assinou contrato e não foi apresentado. Bryan, meio campista do CSA, um dia está acertado, no outro dia as negociações voltam a estaca zero. Com isso, Vagner Mancini vai se virando para fazer o elenco atual jogar futebol. O time até melhorou sob seu comando, mas no ataque não tem como fazer milagre. Os caras são ruins demais.

Lucas Andrino, contratações complicadas

Imagina um ataque formado por Zé Hugo, Arthur Kaíque e Facundo Barceló…. Não marca gol em ninguém. E o Goiás precisa desse ataque para fazer pelo menos um gol e não sofrer nenhum contra o Paysandu para ser campeão da finada Copa Verde. Pior é que o campeonato brasileiro já começou e nenhum reforço foi anunciado pela diretoria do Goiás. Como esse time, além de não subir, corre risco de rebaixamento para a série C. Tem mais: desde o ano passado o Goiás não tem um jogador na meia de armação. E a diretoria não reage. Além do ataque ser muito limitado, não existe um jogador para alimentar os atacantes. Todas as notícias divulgadas sobre as contratações de reforços no Goiás são alimentadas por blogueiros e repórteres, sem nenhuma confirmação do time esmeraldino.

Essas especulações dão conta de que Anselmo Ramon viaja para Ponta Grossa para se unir ao grupo para o jogo contra o Operário Ferroviário. Mas seu nome ainda não apareceu no BID, Boletim Informativo da CBF que dá condições de trabalho para técnicos e jogadores. Outros dizem que Bryan também já estaria em Goiânia para assinar contrato, mas o que se sabe é que o CSA ainda não aceitou as propostas encaminhadas pela diretoria esmeraldina, portanto, nada confirmado. O que mais se cobra no Goiás é transparência, mas eles não gostam de ser transparentes. Ninguém responde pelo Clube, é um desprezo incompreensível com seus torcedores.

Herivelto Nunes

Herivelto Nunes é Jornalista, com Pós Graduação em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching

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