O Brasil, maior produtor mundial de café, enfrenta uma leve queda na produção para 2024, estimada em 54,79 milhões de sacas de 60 kg, o que representa uma redução de 0,5% em relação a 2023. Este recuo é principalmente atribuído às condições climáticas adversas, como chuvas esparsas e altas temperaturas, que afetaram o desenvolvimento das lavouras. Mesmo com essa diminuição, o país continua como o maior exportador global, com um mercado crescente e preços elevados devido à demanda internacional.
A produção de café arábica deve chegar a 39,59 milhões de sacas, com destaque para Minas Gerais, que responde por quase 70% dessa produção. No entanto, a estiagem e o calor intenso no estado resultaram em uma redução de 3,4% na colheita. Por outro lado, São Paulo projeta um crescimento de 8,2%, enquanto outras regiões, como Espírito Santo e o cerrado baiano, também veem crescimento, mas aquém das expectativas iniciais.
O café robusta (ou conilon), por sua vez, terá uma queda de 6% em 2024, totalizando 15,2 milhões de sacas. O Espírito Santo, maior produtor dessa variedade, também registra uma leve redução, enquanto Rondônia e a Bahia enfrentam quedas mais expressivas. Mesmo diante dessas oscilações, o mercado se mantém otimista com as exportações, que já cresceram 40,1% nos primeiros oito meses de 2024.
Preços em alta
Os preços do café, especialmente o robusta, têm experimentado forte valorização desde 2023, com aumento de até 100%, devido à oferta limitada e alta demanda global.
Exportações recordes
As exportações brasileiras de café podem superar o recorde de 2020, com 32,1 milhões de sacas exportadas de janeiro a agosto de 2024, impulsionadas pela demanda internacional.
Cafés especiais
O mercado de cafés especiais cresce rapidamente no Brasil, representando de 5% a 10% do consumo total. Esses cafés de alta qualidade ganham espaço em cafeterias e no mercado internacional.