Depende. Se o objetivo for a permanência, estão todos prontos para ficar na série B sem sustos. Mas se sonham com o acesso à série A, nenhum está preparado. O Goiás é o primeiro dos goianienses a fazer sua estreia na competição. Enfrenta hoje na Serrinha o Amazonas, mas ainda sem nenhum reforço contratado. O time é o mesmo que deu vexame no campeonato goiano, só o técnico é diferente.
Vagner Mancini, que esteve no comando do time até o final do ano passado, está de volta e promete fazer o Goiás jogar um bom futebol, com o mesmo grupo que foi muito mal no campeonato estadual. O Goiás está no mercado para reforçar seu time. Mas a diretoria age lentamente. Está negociando a contratação do centroavante Anselmo Ramon, do CRB e diz ter um meia acertado, sem adiantar o nome nem de onde vem.
O Vila Nova, campeão goiano, está ainda festejando o título. Mas joga amanhã em Curitiba contra o “Coxa” e vai com dois novos jogadores contratados para a série B. Contratou o zagueiro Weverton, que pertence ao Cruzeiro e o goleiro Guilherme Nogueira, que subiu de divisão no campeonato paulista jogando pelo Capivariano. Muito pouco ainda, principalmente porque teve um ataque de pouca produtividade no campeonato estadual. O Vila inscreveu 30 jogadores para o início da Série B, incluindo Guilherme Paredes, que volta de contusão.
Rebaixado para a serie B na temporada de 2024, o Atlético Goianiense também não fez boa campanha no campeonato goiano, saindo nas semifinais da competição. Sob o comando do técnico Cláudio Tencati, o rubro-negro fará sua esdtreia contra o Athletic de Minas Gerais jogando no estádio Antônio Accioly na próxima segunda-feira as 19 horas. Cláudio Tencati comandou três jogos amistosos nesta fase de preparação, vencendo o Goiatuba e o Goianésia, empatando com a Aparecidense. A diretoria já contratou os zagueiros Matheus Felipe e Lucas Ramires, além do lateral esquerdo Conrado e o meia Kauan, que chegou antes e disputou algumas partidas no campeonato goiano.
São tímidas as intervenções dos clubes goianienses no mercado da bola, se as pretensões passam pelo acesso à série A do campeonato brasileiro. Tá certo que a série B deste ano não tem nenhum clube considerado grande do futebol brasileiro, mas tem equipes tradicionais que querem voltar a figurar na elite nacional, tais como o América Mineiro, o Athletico do Paraná, o Coritiba, o Cuiabá e o Novorizontino.
Nossos clubes ainda possuem pouca disponibilidade de recursos para fazer boas contratações, por isso sofrem tanto para conseguir reforços. Enquanto não encontrar parceiros (SAF) em condições de fazer altos investimentos, Goiás, Vila Nova e Atlético viverão assim, sonhando com uma longevidade na série A, mas tendo a série B como realidade.
Oposição no Goiás
A oposição no Goiás “deu as caras”, depois de um longo tempo desaparecida do cenário político do time esmeraldino. Sob o comando de Sérgio Rassi, ex-presidente do clube, membros desse grupo oposicionista se reuniram em um hotel da cidade no início desta semana para traçar estratégias visando as eleições para o Conselho Deliberativo que serão realizadas no mês de junho. Sérgio Rassi quer ser eleito presidente do Conselho, mas encontra em Paulo Rogério Pinheiro um opositor, que segundo dizem, detém a fidelidade do colégio eleitoral esmeraldino.
É um modelo estruturado para que a situação não perca o comando do Goiás. Os Conselheiros com direito a voto são escolhidos “ a dedo” e compromissados com o candidato da situação, no caso, Paulo Rogério Pinheiro. Essa estrutura eleitoral existe desde os tempos de Hailé Pinheiro. A oposição terá muito trabalho até para registrar sua chapa e disputar as eleições. Não existe número suficiente de Conselheiros para aprovar a inscrição da chapa oposicionista, já que a maioria pertence ao grupo da situação. A diretoria promete mudanças no Estatuto, mas não adiantou o que pretende mudar. A maioria dos Conselheiros do Goiás pretendem a volta do modelo de gestão anterior, com a existência de um Presidente no comando do clube.
