Os comerciantes da Região da 44, um dos maiores polos de compras do País, estão temerosos com a atuação e o crescimento da quantidade de ambulantes da região. Por esse motivo, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), estima que cerca de dois mil trabalhadores contratados temporariamente por lojas e shoppings da Região da 44, bem como confecções que fornecem para o polo confeccionista em Goiânia, deixarão de ser efetivados.
O presidente da AER44, Lauro Naves, afirma que muitos lojistas estão registrando queda nas vendas de fim de ano, justamente o período de comércio mais intenso. “Infelizmente, a 44 hoje é uma terra sem lei sob o ponto de vista de fiscalização urbana. Hoje os ambulantes não obstruem só as entradas das lojas e as calçadas, eles obstruem as ruas por completo. Atrapalham pedestres e carros. Fomos total e completamente abandonados pela prefeitura de Goiânia”, diz.
O presidente da AER44 afirma que a fiscalização precária sempre foi um problema crônico na região, mas que agora chegou a um nível que inviabiliza o comércio sério, que paga impostos, que gera empregos e renda e que atua dentro da legalidade. “As ruas aqui na nossa região não são mais para os pedestres ou para os carros, estão tomadas por araras, por ambulantes que vendem mercadorias de origem não confirmada, de ‘carros lojas’. Eles obstruem as calçadas, as entradas das galerias e shoppings, atrapalham o trânsito livre e seguro das pessoas e também de veículos, enfim, só tumultuam. Não geram impostos e nem empregos, pelo contrário, tiram essas duas coisas da região”, critica Lauro Naves.