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Comurg suspende gratificações de servidores efetivos em Goiânia

Vereadores criticam corte de gratificações que afeta servidores efetivos, mas preserva comissionados, com gasto de R$ 4 milhões


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 18/10/2024 - 07:50

Foto: Reprodução
Corte de gratificações na Comurg gera críticas na Câmara. Foto: Reprodução
Onze dias após o primeiro turno das eleições, a Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) suspendeu as gratificações de 730 servidores efetivos, uma medida que provocou forte reação na Câmara Municipal. Atualmente, a Comurg conta com 4.700 servidores efetivos e 656 comissionados. A decisão de cortar as gratificações preserva os comissionados, que custam R$ 4 milhões por mês. O número de comissionados atingiu um patamar recorde durante a gestão do prefeito Rogério Cruz (SD). Em janeiro de 2021, quando ele assumiu, eram cerca de 50.

A vereadora Kátia Maria (PT) enfatizou que a decisão afeta apenas os servidores de carreira. Além disso, ela denunciou a falta de equipamentos adequados para os trabalhadores da Comurg e exigiu explicações sobre o fim das gratificações. O vereador Paulo Magalhães (UB) também reforçou a necessidade de focar os cortes nos supersalários, pois uma investigação da Comissão de Especial de Inquérito (CEI) da Comurg revelou que algumas gratificações chegavam a cinco dígitos. Por sua vez, a Comurg informou, em nota, que está passando por um “processo de reestruturação de todas as Diretorias”, com o objetivo de concluir o período de transição relacionado aos serviços que foram terceirizados.

Durante a sessão, Magalhães também mencionou que familiares do ex-presidente da Comurg, Alisson Borges, recebiam mais de R$ 20 mil em bônus mensais por ocuparem cargos de alto escalão. Para ele, o corte deveria começar pelos servidores com supersalários, em vez de prejudicar os trabalhadores que estão há anos na companhia. “O trabalhador de base não pode ser penalizado enquanto altos salários são preservados”, enfatizou.

O vereador Lucas Kitão (UB) também criticou a medida, afirmando que cortar gratificações sem mexer nos comissionados é uma “pedalada administrativa”. Segundo ele, essa decisão apenas adia o problema, e os servidores poderão até cobrar judicialmente esses valores no futuro. Kitão defendeu a necessidade de equilibrar as contas da empresa de maneira justa, começando pelos salários mais altos e pelos comissionados.

Nota na íntegra

A Companhia de Urbanização de Goiânia esclarece que passa por um processo de reestruturação de todas as Diretorias, tendo em vista a finalização do período de transição, referente aos serviços que foram terceirizados.

Todas as medidas a serem adotadas respeitarão os princípios constitucionais da Administração Pública.

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