Em texto publicado na coluna “Cartas” do Jornal O Popular, edição de ontem, 5 de março, Anis Rassi Junior fez graves denúncias sobre o atual momento do Goiás Esporte Clube, seu time do coração. Rassi se diz angustiado com a classificação em quarto lugar na primeira fase do campeonato goiano e com o desempenho pífio do time na competição. Segundo ele, enquanto os rivais avançam na Copa do Brasil, resta a Série B sem perspectivas e uma Copa Verde de pouca relevância no cenário nacional.
Anis Rassi afirma em seu texto que após a morte de Hailé Pinheiro um grupo mantém o controle do Goiás por manobras estatutárias, com eleições restritas a poucos mais de 400 conselheiros e a formação de chapa única com cartas marcadas. Rassi diz ainda que o conselho é formado por vários figurantes sem ligação com o futebol, apenas para legitimar decisões antidemocráticas. “A suposta disputa interna entre líderes é um conluio para perpetuar no poder, alternam-se no comando para evitar críticas, mantendo o clube refém de interesses pessoais”.
As decisões técnicas refletem essa incompetência com contratações desastrosas e escolhas políticas que só aprofundam a crise.”Não há saída sem ruptura”, portanto se faz necessário e urgente a revisão do estatuto, eliminando chapas únicas e concentração de poder; eleições democráticas, com participação ampla; transparência na gestão com auditoria independente. Finalizando, Anis Rassi Jr. é categórico ao afirmar que o Goiás não pode ser um negócio de amigos reincidentes e incompetentes. Sem mudanças, veremos o maior clube do centro-oeste ruir. Essas declarações são muito sérias e precisam ser apuradas.
Tadeu leva o Goiás à semifinal
Em um time em que o meio de campo não tem criatividade e o ataque é inoperante, o goleiro Tadeu assumiu a responsabilidade e levou o Goiás à semifinal do campeonato goiano. Ontem contra o Crac de Catalão na Serrinha, o Goiás mais uma vez não fez uma boa partida, vencia por um a zero e cedeu o empate no segundo tempo, resultado que levou a decisão para as penalidades. Tadeu cobrou o primeiro pênalti e marcou para o Goiás. Na sequência o goleiro defendeu três penalidades garantindo a vaga para o time da Serrinha. Em relação ao ano passado, quando o Goiás caiu nas quartas de final, o alviverde mostrou avanço, se classificando para a semifinal, que pode ter o Vila Nova como adversário. Basta que o Vila confirme o favoritismo na decisão de hoje contra a Jataiense, em jogo marcado para o Serra Dourada.
A impressão que fica é que o técnico Jair Ventura não sabe mais o que fazer para definir o time do Goiás. Já testou 37 jogadores, tem uma defesa praticamente definida, mas que tem falhado nos últimos jogos. No meio de campo, a dúvida na meia de armação, posição que nenhum jogador se firmou. E no ataque, o maior problema. Ventura já testou todas as formações possíveis dentro do elenco, mas nenhuma convenceu. Nenhum dos três centroavantes se firmou na posição. Ontem o técnico resolveu improvisar com Artur Kaíque, mas também não deu certo. Os raros gols marcados pelo Goiás, são de autoria de algum defensor ou alguém do meio de campo. Para a série B, o Diretor Lucas Andrino deve contratar um novo centroavante e um jogador de armação para o meio de campo. Enquanto isso, vai com o que tem.
Em Anápolis, por muito pouco a Abecat não surpreendeu o favorito Anápolis. Vencia por dois a zero até os minutos finais das partida, mas cedeu o empate a decisão foi para os pênaltis. O Anápolis foi mais eficiente e conquistou a vaga para as semifinais. Deverá enfrentar o Atlético Goianiense. O fato curioso da partida foi a anulação de duas penalidades em favor do Anápolis, por motivo inusitado, ou seja, que foge aos padrões da normalidade. A Abecat fez história em sua primeira participação na elite do campeonato goiano. O time de Ouvidor está garantido na Série D do campeonato brasileiro do ano que vem ao lado do Crac de Catalão. A outra vaga ficará entre Inhumas e Jataiense.