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Dr. Zacharias Calil quer trabalhar para eleger mais médicos na política


Avatar Por Redação em 24/12/2019 - 00:00

A Bancada Médica na Câmara sofreu um pequeno aumento após as eleições de 2018, quando foram eleitos 38 deputados federais. Este número, no entanto, compõe apenas 7,4% dos 513 deputados da Câmara Federal. Quantitativo bem inferior do que foi na legislatura de 2007-2011, quando a Câmara Federal tinha 11,9% dos representantes da Casa. Havia 61 deputados médicos eleitos e, desde então, este número só está caindo. Foram 39 na legislatura 2011- 2015 e 29 na legislatura anterior.

Isto, em conjunto com as pautas polêmicas que tramitaram neste ano, tem incomodado o deputado Dr. Zacharias Calil (DEM). Ele pretende trabalhar pela inserção de mais médicos na política para defender pautas importantes, como foi o caso da tramitação da Medida Provisória (MPV 890/19), que institui o programa Médicos Pelo Brasil e que foi aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira, dia 18.

O deputado democrata sentiu esta necessidade partindo da discussão da medida provisória. O projeto foi amplamente debatido na Câmara Federal e, após várias sessões, o texto final regulamentou a contratação de mais médicos para atuarem no país.

A princípio o projeto entrou como uma MP e foi emendado com a proposta que permite que as universidades particulares, que têm média superior a 4, realizem as provas de revalidação dos diplomas de médicos estrangeiros. Mesmo com a manifestação dos médicos e das críticas das associações médicas, o texto foi aprovado com esta possibilidade de um novo Revalida, realizado também pelas universidades particulares.

Outra emenda polêmica foi inserção do trecho que cria consórcios em municípios e estados, com regras próprias, para a contratação de médicos. O trecho foi rejeitado após uma grande comoção dos alunos de medicina do Brasil e das associações e federações médicas.

Calil, inclusive, foi um dos deputados que mais trabalhou pela retirada deste trecho da proposta e atuou pela retirada da possibilidade do Revalida ser realizado por universidades particulares. O segundo ponto não teve êxito porque, de acordo com o deputado, havia deputados ligados à medicina que tinham o interesse na possibilidade de que as universidades particulares pudessem realizar as provas de revalidação de diploma.

“Diante das ameaças, precisamos de uma classe médica unida, porque só assim vamos conseguir trabalhar pelas causas da medicina e da saúde pública. Não podemos deixar passar pautas como a facilitação da revalidação do diploma no Brasil. Precisamos de uma medicina brasileira forte, porque não faltam médicos no Brasil. Precisamos é de um incentivo maior na descentralização dos médicos”, comentou o deputado.

Inserção de médicos em Brasília

A inserção dos médicos no Congresso Nacional também é uma pauta defendida pela Associação Médica Brasileira (AMB). De acordo com o presidente da associação, Dr. LincoIn Ferreira, este sentimento é extremamente importante, porque a maioria das questões mais caras para a saúde passa pelo Congresso Nacional.

“Talvez nunca tenha precisado tanto de parlamentares que entendessem de saúde como estamos vendo neste momento. Termos parlamentares com a formação em medicina contribui em muito para as discussões não serem vazias e para que possam elucidar aos demais colegas, no Senado e na Câmara”, esclarece o presidente.

Ferreira também criticou a atuação de alguns médicos que, em Brasília, foram favoráveis à aprovação da MPV 890/19. “Nos causa estranheza quando alguns, a despeito da realidade que conhecem como médicos, defendem bandeiras contrárias às necessidades do cidadão”.

O presidente também acredita que interesses políticos e pessoais se sobrepujaram aos interesses da coletividade. “Não basta ser médico, para representar a população nas duas casas, também tem que estar comprometido com a qualidade e o fortalecimento da saúde e da medicina para o cidadão”.

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