Por Redação Tribuna do Planalto em 25/06/2025 - 11:58
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) foi informada a respeito de um princípio de incêndio no lixão da empresa Ouro Verde, em Padre Bernardo, onde houve o desmoronamento de uma pilha de lixo no dia 18 de junho.
O Corpo de Bombeiros tomou ciência do fogo por volta das 17h de terça-feira (25) e, desde então, o gabinete de crise estuda medidas viáveis para conter as chamas sem expor vidas a risco. O local é de acesso extremamente difícil, no meio do caminho entre o topo e o fundo da grota por onde os resíduos deslizaram (mais especificamente, a cerca de 150 metros do topo do aterro e a 100 metros do lixo acumulado no fundo do vale). Até o momento, não se comprovou a causa do incêndio e não se sabe se ele foi criminoso.
O combate às chamas é desafiador em razão de uma série de variáveis, como a inclinação de aproximadamente 45º do terreno, o risco ainda não avaliado de novos desabamentos, a possibilidade de haver focos subterrâneos de incêndio e a mobilidade reduzida.
Por volta das 10h, a empresa dona do lixão disse que tem condições de realizar o combate ao incêndio em poucas horas, com vistas a impedir o alastramento para o resto do maciço. O Corpo de Bombeiros tomou conhecimento da estratégia apresentada e entendeu que existe viabilidade na execução dela.
A Semad apela aos moradores da região para que respeitem o isolamento da área do lixão e evitem transitar no perímetro próximo, em razão os riscos que ainda subsistem. O acesso é permitido apenas aos técnicos e especialistas que estão trabalhando na contenção e mitigação dos danos ambientais.
Saúde pública
A secretaria municipal de Saúde de Padre Bernardo tomou novas medidas para resguardar o bem-estar da população local. Agentes Comunitários de Saúde (ACS) foram enviados para orientar as famílias que vivem nas proximidades do incidente e, em casos pontuais, os agentes retornaram com médico especializado para tratar de eventuais sintomas de contaminação por gases ou por contato com a água do córrego Santa Bárbara.
Cabe lembrar que o córrego Santa Bárbara, que foi contaminado, é usado apenas para fins econômicos na região – como agricultura, piscicultura e avicultura. O abastecimento público vem da bacia do Descoberto, que não foi contaminada.
“Estamos monitorando a saúde das famílias e mantemos uma equipe médica no hospital local para atender eventuais casos de contaminação pela água ou exposição aos gases”, informou a secretaria de saúde do município.
Na terça (24), a Vigilância Sanitária Municipal realizou a coleta de 13 amostras de água em nosso município, sendo um total de 7 amostras específicas na região do incidente, essas amostras seguiram para análise microbiológica em Goiânia, e até o momento os resultados foram satisfatórios.
CCJ adia votação de projeto que proíbe banheiros unissex em escolas de Goiânia
