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Federais vão dar as cartas


Andréia Bahia Por Andréia Bahia em 18/02/2024 - 07:25

Neste momento do processo eleitoral, a maioria dos candidatos a prefeito está na briga pelo apoio do governador Ronaldo Caiado e do vice-governador Daniel Vilela, que têm para oferecer principalmente o capital político. O governo não tem grandes programas voltados para os municípios, vem coordenando programas federais, a exemplo do lançado em janeiro deste ano de recapeamento de ruas e avenidas no Entorno do Distrito Federal com investimento do Ministérios das Cidades.

Dinheiro mesmo os candidatos vão ter de duas fontes, do fundão eleitoral, que em 2024 será de R$ 4,9 bilhões, e de uma segunda fonte que recoloca os deputados federais e senadores senadores no pleito: as emendas parlamentares, recordes este ano. E o Congresso, logo na retomada dos trabalhos, já avisou ao presidente Lula que quer priorizar o pagamento das emendas parlamentares antes das eleições municipais

O Orçamento deste ano prevê R$ 11 bilhões para emendas de comissão, 25 bilhões para emendas individuais e outros 11 bilhões para as de bancadas estaduais. Só com as chamadas emendas PIX, que vão para prefeituras e estados sem uso pré-definido, os congressistas vão poder injetar R$ 8,2 bilhões nos municípios antes da eleição. Um terço dos R$ 25 bilhões das emendas individuais.

Os parlamentares federais, além da influência política, terão muito dinheiro para apoiar seus candidatos a prefeito, e isso terá impacto no resultado da eleição, haja vista que os representantes do agro, por exemplo, podem não apoiar os mesmos candidatos que o governador. Eles tendem a seguir o comando da Faeg, que ainda não engoliu a Taxa do Agro. Exemplo desse quadro se desenrola em .Rio Verde, onde a deputada Marussa Boldrin (MDB) não deve apoiar o candidato de Caiado e Daniel.

Nessa eleição, candidatos vão beijar a mão do governador e correr a sacolinha no Congresso.