O estado de Goiás confirmou 1.124 casos de dengue nos primeiros dias de 2025, enquanto seis mortes seguem em investigação. O número crescente da doença acende o alerta em 16 municípios, onde a alta incidência preocupa as autoridades. Para intensificar o combate ao mosquito transmissor, a Secretaria da Saúde (SES) promoveu nesta sexta-feira (17) uma videoconferência com prefeitos de todo o estado, destacando a necessidade de medidas urgentes para conter o avanço da doença.
Na reunião, o governador Ronaldo Caiado (UB) cobrou empenho dos municípios na limpeza urbana, vacinação e combate aos criadouros. Somente este ano, foram confirmados 1.124 casos da doença em Goiás, com seis mortes em investigação.
“Peço atenção a todos os prefeitos e agentes comunitários de saúde para que estejam de casa em casa. Seremos um exército fazendo um verdadeiro mutirão para diminuir a incidência dessa doença”, disse Caiado. “Estamos acompanhando as ações nos 246 municípios e cobrando muito de cada responsável”, complementou, após afirmar que as mortes por dengue são evitáveis.
Um dos principais desafios para 2025 é o retorno do sorotipo 3 da dengue, que não circulava no estado há mais de uma década. Ele já foi detectado em cidades como Rio Verde, Anápolis e Goiatuba, o que eleva o risco para uma população em grande parte suscetível. “Esse é o grande perigo. Não podemos relaxar nas ações de prevenção e controle”, afirmou o secretário de Saúde, Rasível dos Reis Santos Júnior.
Dos 246 municípios goianos, 16 estão em situação de alerta devido à alta incidência da dengue. A SES ampliará o monitoramento dos dados e intensificará as ações de controle nesses locais. Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros serão mobilizadas para reforçar as iniciativas de combate ao Aedes aegypti, enquanto servidores municipais receberão capacitação para aprimorar as atividades de vigilância e atendimento.
Entre as principais estratégias está o combate aos criadouros do mosquito, que muitas vezes se proliferam em lixo descartado de forma inadequada. A SES alerta que o manejo correto do lixo é essencial para reduzir os casos. Além disso, as prefeituras foram orientadas a reforçar as equipes de agentes comunitários de saúde, garantindo visitas domiciliares e maior cobertura territorial.