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Governador está longe de dar xeque-mate


Vassil Oliveira Por Vassil Oliveira em 29/10/2023 - 00:00

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) pode apoiar Jânio Darrot (MDB), Bruno Peixoto (UB), Vanderlan Cardoso (PSD) – o mais difícil de acontecer – e nada impede que apoie um outro nome do Republicanos ou do PL. As especulações de que ele pode se transferir para um destes dois últimos partidos são reais e, a depender do desenrolar dos fatos até julho do ano que vem, são reais e capazes de mudar o rumo de sua decisão final.

Caiado não esconde de ninguém que o seu maior desejo é ser candidato a presidente da República, pelo União Brasil, Republicanos, PL ou até outro partido com capilaridade nacional. Se este é o seu alvo principal, a prefeitura é meio, não fim. A negociação para o seu apoio ano que vem, portanto, passa muito mais por uma composição que o favoreça em 2026 do que por qualquer outra coisa.

Colocar mais um pré-candidato da base governista em Goiânia passa a ser jogada estratégica, para que ele possa deixar o tempo correr e dialogar com todos. Sem falar que deflagrar uma pré-campanha neste momento, a um ano da eleição, é tudo que um governo não precisa, porque também vira alvo. Aliás, algo que Bruno Peixoto parece não ter compreendido ao acelerar a corrida interna para escolha de seu nome como candidato. Bom para ele, péssimo para Caiado.

Caiado não brinca quando diz que articula para disputar a Presidência. É a sua última oportunidade. Não vai recuar fácil. E para tentar se viabilizar vai fazer as jogadas que entender necessárias. Vai aliar-se a quem for preciso ou eliminar quem estiver atrapalhando. Nem o PT, o escolhido adversário, escapa de seus lances. E como pesquisas mostram sua avaliação nas alturas em Goiás, usará este capital eleitoral para mexer nas pedras do tabuleiro goiano e goianiense, ou remover as que forem necessárias, sem pensar duas vezes.

A mensagem: não olhem para o tabuleiro com Caiado vendo jogo de damas; é xadrez e jogo de vida ou… fim.

Vassil Oliveira

Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).

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