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Governo vai usar IA para oferecer vagas de emprego

Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação dá detalhes do Plano Nacional de Inteligência Artificial, que prevê investimentos de R$ 23 bilhões pelos próximos quatro anos


Avatar Por Redação Tribuna do Planalto em 02/08/2024 - 08:00

A ministra afirmou que o plano vai trazer soluções para incluir mais brasileiros, além de trazer oportunidades de emprego, o que vai demandar capacitação profissional

Uma inteligência artificial que inclua a população, seja brasileira e que garanta autonomia. O primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) foi um dos temas abordados pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante o programa Bom Dia, Ministra desta quinta-feira (1º/8), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O plano foi apresentado e entregue ao presidente Lula na terça-feira (30) durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).

Como exemplo de inclusão e do impacto da inteligência artificial na vida dos brasileiros que mais precisam, a ministra citou uma das 31 ações do PBIA que está em curso: em uma parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, dados do Sine (Sistema Nacional de Emprego), que tem informações sobre a oferta de emprego, estão sendo cruzados com os do CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), para indicar ofertas de emprego a beneficiários do Bolsa Família.

“Ela (pessoa beneficiária do Bolsa Família) não necessariamente vai buscar aquele dado naquele local. Então você tem que ter uma proatividade. Então você vai dizer: ‘Olha, tem ali uma oferta de emprego que se identifica com seu estágio de formação’. Ou então você diz: Olhe, tem aqui um conjunto de pessoas que pode rapidamente de habilitar para aquela determinada oferta de emprego. Então essa integração que está ocorrendo através da inteligência artificial”, explicou

A ministra afirmou que o plano vai trazer soluções para incluir mais brasileiros, além de trazer oportunidades de emprego, o que vai demandar capacitação profissional.

“O nosso plano procura antes de tudo ser um programa que faça o bem para todos, porque como todas as novas tecnologias, elas podem ter riscos e podem ter oportunidades e, por óbvio, nós vamos nos agarrar nas oportunidades. Então ele pode melhorar a vida do povo brasileiro, num processo de inclusão e de soluções na saúde, na educação, e por isso mesmo ele precisa ser brasileiro, porque nos temos muitas soluções de IA, mas elas são de fora, inclusive nem a nossa língua fala, a ponto de que se a gente for no Google e perguntar quem desenvolveu, inventou o avião, vai estar lá os irmãos Wright. E na verdade foi o Santos Dumont, brasileiro”.

“Então a linguagem de fora ela traz vieses, traz contradições, e por isso mesmo nós queremos ter uma linguagem própria, uma linguagem em português, que é um grande desafio, que não existe disponível, porque nós mesmos é que temos que aplicar. Nos temos que enfrentar a dimensão no impacto do emprego, porque ele vai acontecer, e por isso mesmo o plano existe para dar respostas a isso. Para poder focar aonde terá maior impacto no emprego, para capacitar e, ao mesmo tempo, apontar novas oportunidades de emprego, porque virá uma cadeia produtiva também”, afirmou Luciana Santos

O plano prevê R$ 23 bilhões em investimentos entre 2024 e 2028, com recursos de fontes como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e setor privado.

Dividido em cinco eixos (Infraestrutura e Desenvolvimento de IA; Difusão, Formação e Capacitação; IA para Melhoria dos Serviços Públicos; IA para Inovação Empresarial e Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA), o PBIA tem como objetivo equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada com alta capacidade de processamento, incluindo um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo, alimentada por energias renováveis.

O que é inteligência artificial? – “Esse é um debate que o mundo todo faz e existe uma verdadeira corrida tecnológica para garantir o domínio dessa tecnologia. A inteligência artificial é um sistema na área de tecnologia da informação que reúne dados e que precisa ter infraestrutura de computadores para poder ter a capacidade de armazenar, sistematizar e, ao mesmo tempo, apresentar soluções para muitos desafios, desafios do cotidiano das pessoas. Então porque se chama inteligência artificial? O que a gente bota no computador é a inteligência humana. Agora o processamento, a velocidade e a capacidade e reunir os dados é através de modelos matemáticos, de algoritmos. E por isso que chama inteligência artificial, mas na verdade é a inteligencia humana dentro de uma máquina que processa muito mais rapidamente para diversas áreas, tudo que alguém depositou na estrutura do computador”, explicou a ministra.

Fonte: AgênciaGov

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