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Indústria goiana bate recordes, mas números trazem desafios


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 23/06/2024 - 07:58

A indústria em Goiás vem colecionando resultados positivos, com 12 meses consecutivos de alta, o que é bom para todos, porque uma indústria forte interessa ao Estado, que arrecada recursos para destinar a políticas públicas, mas também ao trabalhador que busca emprego e renda.

A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu a dimensão desse cenário: em abril, o setor industrial de Goiás registrou um crescimento de 12,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foi o 12º mês consecutivo de alta, o que corresponde a um acumulado de 11,3%. São números muito significativos, que demonstram o fôlego do setor industrial.

O destaque ficou para o setor de confecções de artigos de vestuário e acessórios, com aumento de 224,8%. Trata-se de um segmento no qual Goiás se destaca. A região da Rua 44, em Goiânia, é o segundo maior polo de moda no Brasil, atrás apenas do tradicional Brás, em São Paulo.

Em novembro de 2023, a mesma PIM do IBGE trouxe uma notícia alentadora: com 114 pontos, Goiás atingira o maior nível de produção industrial da história. O recorde anterior havia sido conquistado em 2019, quando o Estado atingiu 111,7 pontos. 

Para os gestores públicos, os números expressivos trazem alguns desafios. O primeiro e óbvio é estabelecer condições para que essa tendência se mantenha. Também é preciso incentivar a interiorização das indústrias, que já acontece em algumas regiões, mas precisa ser maior, para democratizar empregos e riqueza. 

Há ainda o desafio de melhorar o nível educacional dos trabalhadores. Não apenas pensando em “fornecimento de mão de obra qualificada”, mas para que eles consigam disputar os melhores empregos e galgar posições.

Dhayane Marques

Dhayane Marques é jornalista formada pela PUC-GO. Atualmente é Diretora de Programas da TV Pai Eterno e repórter no jornal Tribuna do Planalto e Tribuna de Anápolis, nas editorias de cidades, educação, economia, agro, diversão e arte.

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