A indústria em Goiás vem colecionando resultados positivos, com 12 meses consecutivos de alta, o que é bom para todos, porque uma indústria forte interessa ao Estado, que arrecada recursos para destinar a políticas públicas, mas também ao trabalhador que busca emprego e renda.
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu a dimensão desse cenário: em abril, o setor industrial de Goiás registrou um crescimento de 12,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foi o 12º mês consecutivo de alta, o que corresponde a um acumulado de 11,3%. São números muito significativos, que demonstram o fôlego do setor industrial.
O destaque ficou para o setor de confecções de artigos de vestuário e acessórios, com aumento de 224,8%. Trata-se de um segmento no qual Goiás se destaca. A região da Rua 44, em Goiânia, é o segundo maior polo de moda no Brasil, atrás apenas do tradicional Brás, em São Paulo.
Em novembro de 2023, a mesma PIM do IBGE trouxe uma notícia alentadora: com 114 pontos, Goiás atingira o maior nível de produção industrial da história. O recorde anterior havia sido conquistado em 2019, quando o Estado atingiu 111,7 pontos.
Para os gestores públicos, os números expressivos trazem alguns desafios. O primeiro e óbvio é estabelecer condições para que essa tendência se mantenha. Também é preciso incentivar a interiorização das indústrias, que já acontece em algumas regiões, mas precisa ser maior, para democratizar empregos e riqueza.
Há ainda o desafio de melhorar o nível educacional dos trabalhadores. Não apenas pensando em “fornecimento de mão de obra qualificada”, mas para que eles consigam disputar os melhores empregos e galgar posições.